BRASÍLIA - Ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo (PSB) elogiou a escolha do general do Exército Joaquim Silva e Luna como ministro interino da pasta. Essa é a primeira vez desde que o ministério foi criado, em 1999, que o cargo é ocupado por um militar e não por um civil.
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"Acho que o ministério está em boas mãos. Se ele fosse um militar na ativa, ele seria o mais civil dos militares", disse Aldo, destacando que Luna atualmente está na reserva das Forças Armadas.
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O ex-ministro, que ocupou o cargo durante o governo Dilma Rousseff (PT), afirmou que nomeou Luna como secretário-geral da pasta em outubro de 2015 e qualificou o general como "um homem muito preparado".
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Luna permaneceu na secretaria-geral mesmo após o impeachment de Dilma e foi nomeado ministro interino pelo presidente Michel Temer (MDB) esta semana após Raul Jungmann ser realocado para o Ministério Extraordinário de Segurança Pública.
Aldo sempre teve um bom trânsito entre os militares e foi bem-recebido pelas Forças Armadas quando virou ministro.
Para ele, as críticas de que deixar o ministério sob a tutela de um militar é um "retrocesso" e pode colocar em risco a democracia do País não têm fundamento.
"Não há nenhuma vocação, nenhuma disposição das Forças Armadas de fugir às suas responsabilidades constitucionais e legais. Não vejo que eles estariam dispostos a participar de algum processo de militarização", disse.
Críticas
Apesar dos elogios ao novo ministro, Aldo criticou a decisão do governo de intervir no Rio de Janeiro e criar uma pasta específica para tratar da questão da segurança.
"Não estou muito otimista em se tentar diminuir a violência através de uma nova nomenclatura", disse.
Ele também destacou que os militares não têm treinamento para atuar no combate ao crime comum. "A intervenção terá dificuldades de resolver a questão dos níveis de violência no Rio. As Forças Armadas não têm nem atribuição para essa missão, isso é trabalho para a Polícia Militar e para a Polícia Civil."