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Ex-pastor irá a júri popular por assassinato

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de mais de três anos de haver sido denunciado pelo Ministério Público, pelo assassinato do adolescente Lucas Terra, de 14 anos, o ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus Silvio Galiza será julgado por júri popular em data ainda a ser marcada. A decisão foi tomada hoje pelo Supremo Tribunal de Justiça em Brasília, que ao julgar um recurso, colocou um ponto final na protelação dos advogados do acusado que tentavam evitar o julgamento. Lucas era obreiro da seita e desapareceu em março de 2001 depois de telefonar para os pais de um dos templos da Universal situado no Bairro do Rio Vermelho, em Salvador. No telefonema, informou que chegaria tarde em casa porque o então pastor Galiza o havia levado para conversar com ele naquele local. O rapaz nunca mais voltou para casa. Seu corpo foi encontrado parcialmente queimado na Avenida Vasco da Gama, próxima do Bairro do Rio Vermelho. Conforme o laudo da polícia técnica, o adolescente foi queimado vivo pelo assassino numa tentativa de ocultar crime sexual. Galiza sempre negou o crime e seus advogados garantem não haver qualquer prova concreta de que o ex-pastor o teria praticado. Desde a época da morte do adolescente, o pai dele, o empresário Carlos Terra luta para colocar o suposto assassino na cadeia. Ele já fez vigília na sede do Ministério Público, várias panfletagens nas ruas de Salvador e denunciou o crime a organizações internacionais de defesa dos direitos humanos. O empresário sempre repete uma frase para enfatizar que não vai desistir nunca. "Não vou descansar enquanto o acusado não for preso e condenado".

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