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Ex-prefeito de Serra pega 29 anos de prisão por homicídio

Adalto Martinelli teria encomendado morte de advogado como 'queima de arquivo' por saber de outro crime

Por Clarissa Thomé
Atualização:

Adalto Martinelli, ex-prefeito do município de Serra (ES), foi condenado na madrugada deste domingo, 13, a 23 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do advogado Carlos Batista de Freitas. O crime ocorreu em janeiro de 1992. A decisão do júri foi unânime e o juiz Marcelo Soares determinou a sentença às 2 horas. O ex-prefeito pode recorrer em liberdade.A família de Carlos Batista reagiu aliviada. "Todas as provas indicavam para ele (Martinelli) como mandante do assassinato. Aguardamos por esta decisão há quase duas décadas. Foi um alívio para nossas almas, mas, agora, queremos a condenação de Alberto Ceolin (acusado de também ser mandante do crime e que será julgado a partir de terça-feira)", disse o filho do advogado, Fabrício Batista, em entrevista ao site Gazeta Online.Batista foi contratado para defender Martinelli e Ceolin, ambos acusados do assassinato do então prefeito de Serra José Maria Feu Rosa, em 1990. Martinelli, que era vice-prefeito, assumiu o cargo no lugar de Rosa. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Martinelli e Ceolin decidiram matar o advogado como queima de arquivo, já que ele saberia detalhes da morte de Rosa.Carlos Batista de Freitas tinha 34 anos quando desapareceu. Seu corpo nunca foi encontrado. Os executores do crime, o ex-soldado da Polícia Militar Geraldo Antônio Piedade Elias e o pistoleiro João Henrique Filho, o Joãozinho, foram condenados a 22 anos e 26 anos, respectivamente. Joãozinho está foragido desde 2000, quando escapou da Casa de Custódia de Vila Velha. O julgamento de Martinelli começou na última quinta-feira.

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