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Ex-presidente do Metrô depõe sobre acidente na linha 4

Luís Carlos David prestou esclarecimentos na Assembléia Legislativa de SP

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-presidente do Metrô, Luís Carlos David, prestou esclarecimentos aos deputados na Comissão de Representação na Assembléia Legislativa de São Paulo por duas horas nesta terça-feira, 6. Essa comissão foi criada para investigar o desabamento na futura Estação Pinheiros da linha 4 do Metrô, no dia 12 de janeiro de 2006, que causou a morte de sete pessoas. De acordo com reportagem da Rádio Eldorado AM, o ex-presidente do Metrô disse que desconhece os motivos do acidente em Pinheiros e garantiu que a companhia não deixou de cumprir o dever de fiscalizar as obras. Ele também justificou a mudança de método durante a construção já em andamento da Linha Amarela. Segundo Luís Carlos David, a operação foi analisada tanto pelo Metrô quanto pelo Ministério Público Estadual e o ministério autorizou a mudança desde que ela não interferisse no valor total da obra. O ex-presidente do Metrô também admitiu que as soldas da Estação Fradique Coutinho estavam mal feitas, mas alegou que o problema não causava riscos de acidente. Além disso, os parlamentares também questionaram sobre o tamanho da manta de concreto da obra, que estaria menor que o indicado. Para Luís Carlos David, a espessura realmente era menor do que a indicada, do que a prevista para a obra, mas ele alegou que isso não causou problemas e também destacou que no local do acidente, na futura Estação Pinheiros, esta manta de concreto não havia sido construída e, portanto, isso não teria tido interferência nenhuma no acidente. Aceleração das obras Ainda segundo reportagem da Rádio Eldorado, o ex-presidente também informou que o consórcio Via Amarela pediu aceleração nas obras, mas ele assegurou que a proposta não foi aceita pela companhia. Ao contrário do que havia dito quando pediu demissão da presidência. Luís Carlos David explicou que pediu afastamento do cargo por um motivo de transição, já que no começo do ano o governador José Serra trocou toda a diretoria e só ele permaneceu no cargo. Segundo o ex-presidente, ele sabia que iria deixar a presidência da companhia desde o começo do ano, quando toda a diretoria foi trocada.

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