07 de julho de 2010 | 17h16
BELO HORIZONTE - A Polícia Civil de Minas Gerais anunciou nesta quarta-feira, 7, que vestígios de sangue localizados na caminhonete Range Rover do goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, são mesmo de Eliza Samudio.
Veja também:
Goleiro Bruno e amigo se entregam no Rio
Justiça autoriza busca por corpo de Eliza em casa em MG
Bruno deixou residência antes de ter prisão decretada, diz polícia
Segundo menor apreendido, Eliza morreu por estrangulamento
Os exames realizados pelo Instituto de Criminalística (IC) comprovaram a ocorrência de sangue em cinco locais no interior do veículo. Três vestígios foram identificados no exame de DNA como compatíveis com o da jovem de 25 anos, desaparecida há cerca de um mês. As amostras das manchas de sangue foram confrontadas com o material cedido por Luiz Carlos Samudio, pai de Eliza, e o colhido do bebê da jovem.
Conforme o diretor do IC, Sérgio Ribeiro, e a chefe do Laboratório do DNA, Fabíola Soares Pereira, o exame em uma amostra revelou um resultado indefinido. Outra mancha apresentou um perfil de DNA masculino, o que para os investigadores poderá ajudar na identificação do suposto agressor de Eliza. "Temos a materialidade indireta e caso não se ache o corpo já é possível fazer o delito indireto do crime de homicídio que está beirando a 100%. Somos levados a concluir por tudo o que já foi investigado que a Eliza está morta", disse o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação (DI).
Equipes da polícia e do Corpo de Bombeiros realizavam até o início desta noite uma casa no Bairro Santa Clara, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, pelo suposto corpo de Eliza.
Bruno entre os agressores
Segundo o delegado, a jovem teria sido assassinada no sítio de Bruno, localizado no condomínio Turmalina, em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, entre os dias 07 e 09 de junho. Para o delegado, já é possível concluir que o goleiro do Flamengo estaria entre os supostos agressores.
Em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro, o menor J. disse que viajava escondido na Range Rover quando Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, levava Eliza para Minas e teria agredido a jovem com uma coronhada. Os vestígios foram localizados na frente e abaixo da poltrona direita da caminhonete, na lateral direita do piso, no banco traseiro e na porta traseira direita.
De acordo com Moreira, será coletado material genético de todos os suspeitos, inclusive de Bruno, considerado o suspeito número 1 do crime. "Qual o motivador maior do crime? Não é a briga pela paternidade? Esse é o motivo do crime. Lógico que nós vamos recolher".
Para o delegado, J. teve participação no crime, mas a narrativa dele no depoimento prestado nesta terça-feira, 6, revela uma tentativa de acobertar o envolvimento de Bruno. A Polícia Civil garante que o menor esteve no sítio do jogador no período investigado, entre 5 e 10 de junho. "Daquela maneira que foi narrada, a mecânica, a dinâmica não bate com as investigações", disse. "Ele foi pego na casa do Bruno, no Rio de Janeiro, é filho do Bruno, esteve aqui com o Bruno, você quer mais o quê?"
Encontrou algum erro? Entre em contato