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Exame de balística pode mostrar relação entre crimes

A polícia investiga a ligação desse crime com o do secretário de Transportes de Macaé, Fernando Magalhães, morto na quinta-feira, 31

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia encaminhou nesta terça-feira,5, para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), no Rio de Janeiro, o material encontrado com os dois policiais militares presos no sábado, 31, em Campos, no norte fluminense, acusados de assassinarem o empresário de vans Cedcmundo Aleixo da Silva, 27 anos, conhecido como "CD da Van". Os soldados Márcio Ferreira da Silva, do Batalhão de 7.º Batalhão Polícia Militar de Alcântara, e José Marques do Vale Júnior, do 11º BPM, de Nova Friburgo, foram detidos com quatro armas, munição e as quatro toucas ninja. A polícia investiga a ligação desse crime com o do secretário de Transportes de Macaé, Fernando Magalhães, morto na quinta-feira, 31, em Macaé, no norte fluminense. O ICCE vai fazer o confronto de balística entre as quatro armas apreendidas com os PMs e as cápsulas das balas recolhidas nos locais dos dois crimes. O resultado deve ser divulgado em dez dias. "Ou a gente elimina a hipótese de ligação entre os casos ou estará diante dos executores. Se confirmada a segunda opção, bastará descobrir quem são os mandantes", disse o delegado Daniel Bandeira de Mello, titular da 123ª Delegacia de Polícia, em Macaé. Para ele, é possível que os assassinatos tenham a ver com a disputa pelo controle de vans na região. O secretário Magalhães, que em sua gestão reduziu o número de vans de 640 para 52, foi vítima de emboscada no bairro Aroeira. Ele vinha recebendo ameaça de morte, contou o delegado. O segurança Edson Souza, que acompanhava Magalhães, saiu ileso. O outro segurança do secretário, Rinaldo Pereira de Freitas, foi baleado na cabeça e seu estado de saúde é grave. O empresário Cedcmundo era dono de uma frota de vans na cidade, que faz a linha Cardoso Moreira-Itaperuna. Três suspeitos foram presos: o desempregado Bruno Alvarenga, de 22 anos, e os dois policiais militares. Eles foram autuados por formação de quadrilha e homicídio doloso.

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