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Exército ainda procura cinco suspeitos de roubo de armas

Um sargento e dois ex-militares estão presos, acusados de de terem participado do roubo de dez fuzis e uma pistola, no último dia 3

Por Agencia Estado
Atualização:

Humberto Freire, um sargento do Exército da ativa, lotado no Estabelecimento Central de Transporte (ECT), deverá ser denunciado pelo Ministério Público Militar (MPM) nesta sexta-feira, junto com o ex-cabo Joelson Basílio da Silva e o ex-soldado Carlos Leandro de Souza. Os três estão presos sob acusação de terem participado do roubo de dez fuzis e uma pistola, no último dia 3. Freire teria facilitado a invasão do quartel. Durante a ação, os bandidos chegaram a agredir o militar, para que não que recaíssem suspeitas sobre ele. Os investigadores desconfiam, no entanto, que a ação já havia sido combinada previamente e que tudo não passou de uma encenação. O sargento, que estava no comando da guarda de plantão naquela madrugada, passou a ser considerado suspeito porque foram percebidas contradições em seu depoimento. O MPM não deu detalhes sobre as informações que ele forneceu. Desde o início das investigações, havia a desconfiança de que alguém que trabalha na unidade estaria envolvido com os invasores. O contato de Freire com o grupo seria Silva, que serviu no ECT até fevereiro. O ex-cabo já confessou ser o líder do grupo e ter arregimentado os demais, em encontros no Complexo do Alemão, na zona norte, onde mora. No momento da invasão, Freire encenou uma reação e levou uma coronhada. Chegou a ficar com fraturas no nariz e no osso malar direito (outros dois militares foram agredidos, mas não há prova de participação deles também). Os ferimentos do sargento foram reais; porém, em seguida ele simulou um desmaio - Freire ficou desacordado justamente o tempo que os criminosos levaram para retirar as armas do ECT, o que intrigou os responsáveis pela investigação. A abordagem foi filmada por câmeras que ficam perto do quartel. Cinco civis ligados ao tráfico são procurados. O Comando Militar do Leste (CML) não divulgou se haverá mais ações do Exército em cumprimento a mandados de busca e apreensão.

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