Exército: Operação levou à devolução das armas; não acordo

"Nós não negociamos com traficantes. Acontece que o tráfico está tendo um prejuízo enorme", disse o assessor de imprensa do Comando Militar do Leste (CML), coronel Fernando Lemos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O assessor de imprensa do Comando Militar do Leste (CML), coronel Fernando Lemos, disse que a recuperação das armas foi fruto das operações de asfixia ao tráfico, montada pelos militares, e não resultado de um acordo com os traficantes. "Nós não negociamos com traficantes. Acontece que o tráfico está tendo um prejuízo enorme e com nosso bloqueio nas estradas, a droga que deveria chegar ao Rio, não chegou. Por isso, eles (traficantes) preferiram entregar as armas", disse. Militares não ficam nas favelas Ele afirmou ainda que os militares não poderão continuar nas favelas do Rio, a menos que haja uma intervenção no Estado ou se o governo estadual assim solicitar. O secretário de Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba, e o chefe do Estado Maior do Comando Militar do Leste, general Hélio Macedo, também garantiram que não houve nenhum acordo. Itagiba reafirmou não haver necessidade de uma intervenção do Exército no Estado do Rio. Segundo ele, um eficiente combate ao tráfico só depende de que todas instâncias façam a sua parte. A pistola e os onze fuzis roubados foram encontrados por volta das 18h30 de ontem, em uma matagal próximo à favela da Rocinha, que havia sido ocupado pelos militares. O Exército admitiu, porém, que a localização das armas foi revelada por traficantes preocupados com o prejuízo para as vendas que a ocupação da Rocinha acarretaria.

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