Exército recebe denúncias sobre roubo das armas

Disque-Denúncia já recebeu onze telefonemas com informações sobre possíveis envolvidos no crime

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Por Agencia Estado
Atualização:

Uma semana depois da localização das armas roubadas do Estabelecimento Central de Transporte (ECT) do Exército, o Disque-Denúncia já recebeu onze telefonemas com informações sobre possíveis envolvidos no crime. No total, de 3 de março, dia do roubo, até hoje, foram 980 ligações. O serviço chegou a oferecer R$ 10 mil por dados que levassem às armas, mas ninguém recebeu a recompensa, já que o Exército chegou até o esconderijo dos bandidos graças a outras informações recebidas. Os dez fuzis e a pistola levados do ECT serão periciados por uma equipe conjunta do Exército e da Polícia Federal. Nova operação No fim da tarde desta segunda-feira, 150 militares do Exército voltaram à Favela do Dique, na zona norte do Rio, com mandados de busca e apreensão, e recolheram na casa de um homem, que seria ligado ao tráfico e teria participado da invasão ao Estabelecimento Central de Transporte (ECT), dois sacos contendo objetos que teriam sido utilizados na ação - segundo informou o Ministério Público Militar (MPM). Militares que estiveram na favela disseram que foram apreendidos cadernos, papéis com anotações e documentos. Foi a primeira operação em favelas envolvendo soldados desde que as armas roubadas foram recuperadas no bairro de São Conrado, na zona sul. O Dique já havia sido ocupado durante os doze dias em que o Exército vasculhou favelas em busca dos dez fuzis e da pistola. É lá que mora o ex-soldado Carlos Leandro de Souza, que está preso temporariamente sob suspeita de integrar o grupo que invadiu o ECT. Ele havia servido na unidade e dado baixa recentemente. Quando ainda estava na ativa, Souza já era investigado por suspeita de envolvimento com criminosos. O Ministério Público Militar informou que o objetivo dos soldados, nesta segunda-feira, não era apreender pertences na casa do ex-soldado, e sim comprovar a participação de civis no roubo. Eles ainda não estão identificados. Se o forem até o fim da semana, poderão ser incluídos na denúncia a ser oferecida pelo MPM à Justiça Militar, uma vez que foram delatados pelo ex-cabo Joelson Basílio Silva - que também entregou o ex-cabo Souza.

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