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Existe uma proteção entre petistas, afirma Alckmin

"Cai um por um, mas ninguém abre a boca", disse o tucano

Por Agencia Estado
Atualização:

O candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira que existe uma espécie de proteção entre os petistas envolvidos nos escândalos de corrupção do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Em mais uma cobrança sobre a origem do dinheiro que seria utilizado para comprar o dossiê Vedoin, o tucano ironizou: "Há uma proteção entre eles (petistas), cai um por um, mas ninguém abre a boca. É impressionante esse establishment, de compromisso entre si". Em um discurso contundente, realizado no ato em prol de sua candidatura, ele refutou também a afirmação feita pelos adversários de que é o representante das elites. "É grave a divisão que alguns semeiam no País. Se tivesse essa divisão entre ricos e pobres (entre o eleitorado), eu estaria do lado dos pobres, porque o Lula é mais rico e tem mais patrimônio do que eu", emendou. Ainda no discurso, Alckmin acusou o adversário do PT de fazer um governo patrimonialista. "Eles tomaram o poder para sua patota", criticou. Alckmin disse acreditar numa virada das intenções de voto nesta reta final da campanha do segundo turno, e disse que o fundamental nessa etapa é a conversa com os eleitores. "Não há nada que substitua a conversa", disse ele aos cerca de mil participantes presentes ao evento, pedindo o empenho de todos para a busca de votos até o dia do pleito. O tucano disse também que na quarta-feira será realizado um grande comício, no final da tarde, no Vale do Anhangabaú. A assessoria do candidato disse que esse será "o comício da virada". Na avaliação do candidato, o que vale é o voto na urna, o do dia 29 de outubro. Participaram do evento, entre outros, Lila Covas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, políticos do PSDB, PMDB, PFL e PDT, entre outros, e vários artistas, entre eles Juca Chaves, Irene Ravache, Rolando Boldrin e Jair Rodrigues. O presidente da Força Sindical e deputado eleito, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, voltou a pedir uma CPI para os institutos de pesquisas e disse que essa será sua primeira ação como deputado federal.

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