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Expectativa de vida de cães e gatos também depende do nível ''social''

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Por Redação
Atualização:

Cardiologistas, dermatologistas e oncologistas especializados em saúde de cães e gatos são só alguns exemplos das especialidades da medicina veterinária que já estão espalhados pelos pet shops paulistanos. Mas não é qualquer animal de estimação que consegue receber as últimas novidades e tratamentos da medicina veterinária. O nível "social" influencia muito em sua qualidade de vida. "É por essa desigualdade no acesso aos tratamentos que a sobrevida dos animais de estimação varia tanto", afirma Paulo Sérgio Salzo, professor de Clínica Médica de Pequenos Animais da Universidade Metodista de São Paulo . Segundo Salzo, apesar de ser cada vez mais freqüente cachorros e gatos chegarem aos 17, 18 anos de idade, os pets que vivem em locais onde as dificuldades financeiras predominam geralmente não conseguem ultrapassar os 5 anos. Foi o que atestou pesquisa realizada no ano passado com 2.011 cães da Região Metropolitana de São Paulo. O estudo foi conduzido pelas Universidades de São Paulo (USP), Paulista (Unip), Cruzeiro do Sul (Unicsul) e Metodista. Dos animais acompanhados pelos estudiosos, apenas 5,7% morreram de velhice e a idade média dos pets foi de 3 anos. A principal causa de morte também denuncia a negligência de cuidados - foi a falta de vacinação. "A média de idade dos bichos foi puxada para baixo porque também foram avaliados animais que vivem na periferia, onde não sobra dinheiro para investir na saúde dos animais", completa Salzo. Ele explica ainda que, além das realidades diferentes em que vivem os animais, o fator tamanho também influencia na expectativa de vida dos cães. "Para os menores é de 15 anos de idade, em média. Os maiores, como os dogs alemães, vivem cerca de 10."

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