Explosão de bomba fere três guardas municipais em Itu

O diretor da Guarda Municipal (GM), Clemente Bortoletto Filho, disse que o atentado foi uma retaliação de bandidos à prisão de traficantes pela Polícia Militar

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Por Agencia Estado
Atualização:

Três guardas municipais ficaram feridos, um deles em estado grave, após a explosão de um pacote que continha uma bomba de fabricação caseira, na manhã desta quinta-feira, 28, em Itu, a 92 quilômetros de São Paulo. O pacote tinha sido deixado na frente de uma casa, na Rua Itu, bairro Alberto Gomes, na zona norte da cidade. Os GMs atenderam ao chamado de um morador e apanharam o embrulho arredondado, achando que continha drogas. A bomba explodiu dentro da viatura, na mão do GM Maurício Soares dos Santos, de 30 anos. Ele perdeu três dedos da mão direita. Submetido a uma cirurgia de restauração da mão, continuava internado no Hospital Sanatorinhos. Os guardas Osvaldo Ferreira de Carvalho, 30 anos, e Naércio José dos Passos,33, que também estavam no carro, sofreram ferimentos de média gravidade. Ambos tiveram perfuração do tímpano. Passos teve ainda queimaduras no rosto. A Polícia suspeita de ação do crime organizado. O diretor da Guarda Municipal (GM), Clemente Bortoletto Filho, disse que o atentado foi uma retaliação de bandidos à prisão de vários traficantes pela Polícia Militar, nessa rua, ocorrida na semana passada. "Deixaram a bomba para atingir a Polícia Militar, mas nós chegamos primeiro e viramos o alvo", disse. A possibilidade de o ataque ter ligação com integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) está sendo investigada pela Polícia Civil. As forças de segurança locais sofreram vários ataques durante as ondas de atentados do PCC no primeiro semestre. A Polícia Técnica de Itu examinou a viatura, que ficou danificada internamente, e fragmentos da bomba para perícia. De acordo com avaliação inicial, a bomba tinha alto poder explosivo e foi preparada por profissionais. O laudo fica pronto em 30 dias. Até o fim da tarde desta quinta, policiais militares e guardas municipais procuravam suspeitos. (Matéria ampliada e corrigida às 18h25)

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