Explosão de fogos de artifício faz casa desabar

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A casa 681 da Rua Bandeira do Aracambi, no Jardim Rodolfo Pirani, na Zona Leste da capital paulista, onde se realizava venda clandestina de fogos de artifícios, desabou, por volta da meia-noite, em conseqüência da explosão do material estocado. Cinco pessoas se feriram e foram socorridas no Pronto-Socorro de São Mateus. Uma garota de 14 anos foi submetida a cirurgia e corre o risco de ter amputada a perna direita. Na parte frontal na residência pertencente a Maria das Graças da Silva Barros, de 35 anos, funcionava um pequeno bazar. Uma placa indica que ali se vendiam também fogos. Vizinhos comentam que "baterias" (sistema de explosões contínuas de longa duração) seriam montadas pelos próprios moradores, com canudos de papelão e pólvora. Segundo a polícia, Josivaldo Souza Barros, de 18 anos, filho de Maria das Graças, estava manipulando os fogos de artifício quando um deles caiu e explodiu, atingindo caixas que estavam armazenadas no fundo da loja. O fogo se alastrou rapidamente multiplicando a intensidade das explosões. O telhado da casa desabou, permanecendo em pé apenas as paredes e um portão frontal. Além do próprio Joseval e da mãe, feriram?se a irmã dele, Andressa de Souza Barros, de 14 anos, e a prima Kely Cristina de Souza, de 15. No momento da explosão mais forte, na casa vizinha de número 671, Raimundo Correia Monteiro Filho começava a tomar banho. Com o impacto, foi lançado nu na rua e também feriu-se. Exceto Andressa, todos foram medicados e dispensados. Seis guarnições do Corpo de Bombeiros seguiram para o local. Os policias ficaram aguardando que todo o estoque de fogos terminasse de explodir para iniciar a operação de rescaldo da casa desabada. Por volta das 4h da madrugada, o cheiro de pólvora podia ser sentido por praticamente todo o bairro. O delegado Osvaldo Marcondes Filho, do 55º DP ? Parque São Rafael indiciou Maria das Graças e Joseval por lesões corporais culposas, periclitação de vida, pela comercialização não autorizada de material potencialmente letal.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.