FAB localiza passageiros da aeronave desaparecida em Roraima

Duas pessoas foram resgatadas e três morreram; helicóptero desapareceu na noite desta quarta, 6

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Por Loide Gomes
Atualização:

BOA VISTA - O piloto Alberto Farias e o funcionário civil da Comissão de Aeroportos da Amazônia (Comaro), Antônio José de Melo, sobreviveram à queda do helicóptero Esquilo AS 55, de matrícula PT-HNA, da JVC Aerotaxi, na terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Eles foram encontrados quase 48 horas após o acidente, que ocorreu na noite da última quarta-feira. Três pessoas morreram.

 

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Eles foram avistados às 15h15 (horário de Brasília) por um avião SC-105 Amazonas da Força Aérea Brasileira (FAB) a uma distância aproximada de 140 km a oeste de Boa Vista, o mesmo local de onde o helicóptero enviou sinal de alerta de queda ou pouso forçado. A tripulação acionou o helicóptero H-60 Blackhawk, que realizou o resgate.

 

Como o local da queda é de mata fechada, os sobreviventes foram içados com a ajuda de três militares especialistas em resgate e levados para Boa Vista, onde receberam atendimento no Hospital Geral de Roraima (HGR). O piloto desceu andando do helicóptero na Base Aérea de Boa Vista e deve voltar para o Rio de Janeiro. O funcionário da Comara também estava consciente, embora gravemente ferido, com suspeita de traumatismo craniano e perfuração no tórax, num acidente com uma retroescavadeira em Surucucu.

 

Os corpos do médico do Exército Oswaldo Nogueira, do mecânico José Galvão e do enfermeiro João Junior, ambos funcionários da JVC Aerotaxi, dona do helicóptero, só serão removidos neste sábado.

Segundo o comando da Aeronáutica, os 28 militares da operação de resgate sobrevoaram uma área de 1.321,99 km? durante 26 horas. As circunstâncias do acidente ainda serão investigadas.

 

Sem apoio. Familiares do enfermeiro João Junior reclamaram que não receberam apoio da JVC. Sua irmã, Janeide Vasconcelos Ramos, afirmou que a mulher e os três filhos souberam do acidente através de parentes que viram a notícia pela imprensa. Na frente do HGR, a mãe dele, Brasilina Vasconcelos, de 79 anos, aguardava esperançosa pela chegada do filho, sem saber que ele não sobreviveu. "Passei esses dias orando e pedindo para que ele chegue vivo". Em nota, a JVC afirmou que prestou auxílio aos familiares dos passageiros e tripulantes.

 

Notícia atualizada às 20h40.

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