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Facções criminosas do Rio surgiram nas prisões

Por Agencia Estado
Atualização:

Todas as facções criminosas do Rio surgiram em penitenciárias, de acordo com a chefe do Setor de Investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, Marina Maggessi, de 40 anos, que há 15 investiga o tráfico no Estado. A primeira dessas organizações apareceu no fim dos anos 70, no Presídio da Ilha Grande, onde estavam detidos presos políticos e assaltantes de banco. Foi a Falange Vermelha. "Eles eram até um pouco inocente, perto do que se vê hoje", afirma. A investigadora diz que a demarcação de territórios no Rio e a violência imposta pelo tráfico como se vê hoje surgiram nos anos 80. A primeira facção com esses moldes foi o Comando Vermelho, criada por José Carlos dos Reis Encina, o Escadinha, e Rogério Lemgruber, o Bangulhão, quando ambos estavam presos na penitenciária de segurança máxima de Bangu 1. Já o Terceiro Comando foi uma dissidência do CV, criada em 1988 também em Bangu 1. "Os dissidentes eram contra as táticas do CV. Criticavam seqüestros, proibiam o crime comum nas suas áreas de atuação", diz Marina. Em 1994, Ernaldo Pinto Medeiros, o Uê, matou Orlando Jogador, um dos líderes do CV, e 12 homens ligados a ele. Uê foi expulso do Comando Vermelho. Dois anos depois, preso em Bangu 1, ele se uniu a Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém para criar o Amigo dos Amigos (ADA). Hoje, ADA e TC atuam juntos.

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