Falha humana causou choque entre embarcações no Rio, diz delegado

A PF irá pedir à Justiça que os tripulantes do navio continuem impedidos de sair do País até a conclusão das investigações sobre o acidente que resultou na morte de oito pessoas

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Por Agencia Estado
Atualização:

O delegado Carlos Pereira, da Polícia Federal de Niterói, no Rio de Janeiro, instaurou inquérito nesta sexta-feira, 20, para apurar as mortes de oito dos 12 tripulantes do barco pesqueiro que naufragou na noite de terça-feira, 17, na Baía de Guanabara, após se chocar com o navio cargueiro Roko, de bandeira das Bahamas. Pereira afirmou que "houve falha humana" e que uma das embarcações "estava no lugar errado e na hora errada". Ele requisitará à Marinha todos os laudos periciais que foram produzidos e irá ouvir os depoimentos dos quatro sobreviventes do barco pesqueiro e dos tripulantes do cargueiro. A PF irá pedir também à Justiça que o navio e seus tripulantes continuem impedidos de sair do País até que sejam concluídas as investigações sobre o acidente. Guinada brusca Segundo o capitão dos portos, Antônio Fernando Monteiro Dias, uma das embarcações deu uma guinada brusca, provocando o acidente. O registro do radar mostra que o cargueiro manteve a mesma posição até a batida. O radar processa informações como distância, rumo da outra embarcação, velocidade e afastamento lateral. O pesqueiro, que estava iluminado e apareceu no radar do Roko, seguia a cerca de 8 nós (15 km/h) e a uma distância de 150 a 200 metros do navio. Na quinta-feira, o contra-mestre do Roko e o prático, responsável por guiar o navio na baía, prestaram depoimento. O advogado David Handerson, que representa o comandante do cargueiro Vladmirs Gruserviskis, disse que os tripulantes - 13 russos e um ganês - estão abalados com as mortes.

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