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"Falso antraz" prejudica trabalho dos bombeiros

Por Agencia Estado
Atualização:

O Corpo de Bombeiros da capital paulista atendeu, nesta quinta-feira, até às 15h30, onze casos envolvendo denúncias sobre envelopes contendo substâncias suspeitas que poderiam estar relacionadas com a bactéria do antraz. Nesta quarta-feira, durante todo o dia, houve treze casos, mas bombeiros calculam que este número seja ultrapassado nesta quinta. Além de provocar o deslocamento de homens e viaturas, o que toma tempo precioso dos bombeiros, existe um outro problema. Não há equipamento suficiente para todos atenderem esses casos especiais, porque os homens da corporação são obrigados a usar roupas que protejam contra produtos químicos, máscaras, capacetes e cilindros com ar comprimido. Em vários casos os bombeiros constataram no próprio local que se tratava apenas de um trote ou de excesso de cuidado dos solicitantes, como ocorreu na Rua Salvador Jorge Velho, 415, no Grajaú, na zona sul, onde pouco depois das 15 horas um morador recebeu uma carta sem remetente e ligou para os bombeiros, que nada constataram ao chegar lá. Há casos mais assustadores, como o pacote que continha um envelope onde havia um pó. O pacote foi encontrado na caixa de correio do Edifício Mansão de Sagres, na Rua Frei Vicente do Salvador, 183, em Santana, na zona norte. O pacote estava lacrado e selado, mas havia "inscrições desconhecidas" nele. O material foi levado para o Instituto Adolfo Lutz, onde será analisado. Casos em edifícios e repartições públicas também estão ocorrendo. Por volta das 12h30, um saco contendo um pó branco foi encontrado por funcionários no 2º andar do prédio do Tribunal Regional Federal, na Avenida Paulista. Bombeiros que estiveram no local recolheram o material para levá-lo ao Instituto Adolfo Lutz. Doze pessoas tiveram contato com o material (a Sala de Imprensa do Corpo de Bombeiros não soube informar se foram levados para o Adolfo Lutz). Num dos prédios da Receita Federal ocorreu o mesmo. Ao meio-dia, bombeiros estiveram no 2º andar do prédio na Rua Florêncio de Abreu, 770, no centro, onde uma funcionária recebeu uma correspondência com remetente de Taiwan. Bombeiros verificaram o envelope e o abriram, mas nada encontraram. Outro prédio que não escapou dos misteriosos "pós brancos" foi o do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), na Avenida Professor Lineu Prestes, na Cidade Universitária, na zona oeste, onde encontraram o pó num elevador. O material foi levado para o Instituto Adolfo Lutz. Leia o especial

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