Falso médico pode ter causado mais uma morte em Lins

Polícia apura se o falso mésico teve culpa na morte de homem que sofria de epilepsia e foi atendido por ele com traumatismo craniano

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Por Agencia Estado
Atualização:

O falso médico Alessandro Aparecido Marques Gonçalves, de 30 anos, pode ter sido responsável por mais uma morte em Lins, no interior de São Paulo. Agora, ele é acusado de ter matado três pacientes e de ter causado lesões graves ou permanentes em outras 21 pessoas. Sem nunca ter freqüentado uma aula de medicina, Gonçalves se passou por ortopedista e prestou atendimento a pacientes nos hospitais de Lins entre agosto de 2005 e janeiro de 2006 até ser preso em flagrante em 12 de fevereiro quando atuava como médico no Hospital Vasco da Gama, no Belenzinho, zona Leste da Capital. Desta vez, a polícia apura se Gonçalves teve culpa na morte de Pedro Aprígio Neto, de 39 anos, que sofria de epilepsia e foi atendido por ele com traumatismo craniano, causado por um tombo durante uma crise. Aprígio Neto morreu em 6 de janeiro. O caso está sendo apurado em inquérito aberto nesta quarta-feira pelo delegado do 1º DP de Lins, André Ricardo Hauy, que pretende ouvir novamente Gonçalves e um outro médico que operou o paciente. "Pode ser que ele não tenha culpa neste caso, mas prestou atendimento ao paciente e foi considerado culpado pelos danos causados em outros 21 pacientes", explicou o delegado. No começo deste mês, a Justiça determinou a prisão preventiva de Gonçalves pela morte do universitário Carlos Henrique da Silva, de 18 anos, morto horas depois de ser atendido pelo falso médico na madrugada de 1º de janeiro. Segundo o delegado, é provável que Gonçalves também seja responsável pela morte de Roberto Tabian, de 69 anos, morto no dia 03 de janeiro depois de ser atendido como vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

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