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Família denuncia estupro coletivo de menina de 14 anos

Três adolescentes e um homem de 20 anos teriam participado do crime, em Guaratinga, extremo sul da Bahia; violência foi gravada e divulgada no WhatsApp, segundo a polícia

Por Heliana Frazão
Atualização:

Três adolescentes e um homem de 20 anos são acusados de ter estuprado uma menina de 14 anos em Guaratinga, município no extremo sul da Bahia que fica a 700 quilômetros de Salvador. A violência teria acontecido após a garota se recusar a reatar o namoro e a manter relações sexuais com um dos envolvidos, um menor de 17 anos.

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O ex-namorado da vítima também é acusado de ter filmado o estupro e divulgar o vídeo por meio do WhatsApp. O caso aconteceu há cerca de três meses, mas somente agora a família prestou queixa. Os familiares afirmam que ficaram com medo de procurar a polícia porque o menor fazia ameaças.

A garota foi submetida a exame de corpo de delito em Eunápolis, cidade vizinha, e o laudo deve ficar pronto em dez dias.

Segundo o delegado do município, Sinésio Vieira, em uma rede social, foram identificadas 88 páginas de conteúdo ameaçador contra a garota, de autoria de um dos acusados. "Tanto a vítima, quanto à família temiam pelo que pudesse acontecer a ela", disse o delegado.

Guaratinga fica no extremo sul da Bahia Foto: DIVULGAÇÃO

Conforme relatado na delegacia, o adolescente suspeito mentiu para atrair a menina para um local onde, segundo ele, aconteceria uma festa. Lá, ele e os amigos a estupraram.

Dois suspeitos, um menor e o adulto já foram localizados e estão detidos na unidade policial da cidade. "Estamos dando sequência às investigações para sabermos sobre a participação dos outros dois envolvidos", afirmou o delegado.

Os acusados responderão por estupro e exposição de imagem de conteúdo explícito de criança ou adolescente. Como na região não há local específico para a permanência de menores infratores, existe a possibilidade de o adolescente ser encaminhado para a capital, Salvador.

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Segundo o delegado, o crime de abuso sexual de menor tem sido recorrente na região, com cerca de 35 inquéritos abertos nos últimos três anos. 

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