Família diz que resort não socorreu garoto sugado em piscina

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Por Agencia Estado
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A família do estudante Rafael Noguchi Dalpino, de 12 anos, morto na madrugada da segunda-feira ao ser sugado por uma comporta de escoamento de água de uma piscina da Pousada do Rio Quente, em Goiás, negou que o garoto tenha sido socorrido pela equipe médica do resort. "Quem atendeu o meu sobrinho foi um hóspede, que era médico. Eu até fui buscar ajuda na administração da pousada, mas as pessoas que me atenderam não eram médicas", contou a tia do garoto, Yukie Noguchi Massuda. Ela pensa em processar a empresa por negligência. "Vamos esperar o laudo da perícia, mas o que nos deixa indignados é que estão mentido", disse, referindo-se às informações da pousada de que sua equipe médica havia prestado socorro ao menino. Nesta quinta, a Assessoria da Pousada do Rio Quente reforçou que o socorro médico foi prestado rapidamente pela própria equipe. A piscina estava sendo esvaziada para limpeza quando Raphael foi sugado para dentro da tubulação por onde a água é drenada. Segundo Yukie, o marido dela, que também estava na piscina na hora do acidente, tentou retirar o garoto pela saída do tubo, mas a passagem estava fechada com pedras. "O Rafael ficou pelo menos 15 minutos lá dentro." A Assessoria informou que os hóspedes foram avisados sobre a manutenção da piscina. Mas Yukie garante que não sabia. "No caminho do aeroporto para a pousada, a guia falou várias vezes que as piscinas funcionam 24 horas." A empresa só voltará a se manifestar sobre o assunto depois que a Polícia Científica divulgar o laudo. "Eu vi um funcionário da pousada do lado de fora da piscina com algumas mangueiras, mas em momento algum ele nos avisou que estava limpando o local", lembrou a tia. Para esvaziar a piscina, um portão metálico de 80 por 60 centímetros é aberto, provocando forte pressão para o interior da tubulação, onde o garoto ficou preso. Rafael era filho único e morava na Saúde, zona sul de São Paulo. Ele e a família estavam de férias. "Era a primeira vez que andava de avião e estava muito feliz. Íamos ficar até hoje, mas o acidente ocorreu no primeiro dia." De acordo com a tia, os pais de Rafael estão muito abalados e não querem dar entrevistas. "Só queremos que tudo isso se resolva logo."

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