Família é condenada por explosão em fábrica de fogos

Acidente ocorrido em 1998 na cidade de Santo Antônio de Jesus (BA) vitimou 64 pessoas

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Por Redação
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Após 13 horas de sessão na 2ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador (BA), saiu, no final da noite de quarta-feira, 20, o veredicto de cinco dos envolvidos na explosão de uma fábrica clandestina de fogos de artifício que matou 64 pessoas em Santo Antônio de Jesus em 1998.

 

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O dono da fábrica, Osvaldo Prazeres Bastos, foi condenado a nove anos de prisão por ter mais de 70 anos. Os outros quatro condenados são os filhos dele: Mário Fróes Prazeres Bastos, Ana Cláudia Almeida Reis Bastos, Helenice Fróes Bastos Lyrio e Adriana Fróes Bastos de Cerqueira, que pegaram pena de 10 anos e 6 meses cada um. Foram absolvidos, segundo a justiça por não terem participação direta no caso, outros três réus: Berenice Prazeres Bastos da Silva, também da família, e os ex-funcionários Elísio de Santana Brito e Raimundo da Conceição Alves.

 

Segundo as investigações, o galpão onde ocorreu a tragédia, de 200 metros quadrados, armazenava 1,5 tonelada de fogos no momento da explosão. Cerca de 100 pessoas trabalhavam no local e no galpão anexo. Das vítimas, 61 morreram na hora, outras três ainda chegaram a ser atendidas, mas não resistiram, e cinco tiveram ferimentos graves, mas sobreviveram. O caso ganhou repercussão internacional e fez a União virar réu em ação na Organização dos Estados Americanos (OEA), em 2001, quando a Comissão Interamericana de Direitos Humanos acolheu denúncia de "descaso e omissão" feita pelo Movimento 11 de Dezembro, formado por familiares e amigos das vítimas, e pelo Fórum de Direitos Humanos (FDH) de Santo Antônio de Jesus.

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