Familiares de vítimas reclamam de falta de assistência da cervejaria Backer

Em carta aberta, eles alegam que empresa não cumpriu acordo para pagamento do tratamento de saúde das pessoas contaminadas

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Por Leonardo Augusto
Atualização:

BELO HORIZONTE - Parentes e vítimas de possível intoxicação por dietilenoglicol depois de beberem cerveja Belorizontina, da marca Backer, acusam a empresa de não cumprir acordo para pagamento do tratamento de saúde das pessoas contaminadas. Uma carta aberta divulgada na noite de segunda-feira, 10, afirma que há pacientes em coma, tetraplégicos e que alguns ainda estão à espera de tratamento via Sistema Único de Saúde (SUS). Quem já deixou o hospital, diz o texto, não tem condições de trabalho por apresentar problemas neurológicos e de visão.

Peritos da Polícia Civil analisam amostra da cerveja Belorizontina, da Backer Foto: Polícia Civil

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A carta afirma que "no dia 30 de janeiro deste ano, o Ministério Público de Minas Gerais notificou familiares das vítimas e a cervejaria para uma audiência pública, na qual ficou ajustado que a cervejaria custearia as despesas envolvendo o tratamento de saúde das vítimas intoxicadas e auxílio psicológico a todos os familiares. Ficou acordado que a empresa realizaria reuniões individualizadas com os representantes das vítimas e, em 72 (setenta e duas) horas, efetivaria o custeio das despesas por eles apontadas ou apresentaria negativa fundamentada", diz o texto.

Em nota, a empresa afirma que "as tratativas feitas em conjunto com o Ministério Público Estadual estão sendo observadas na íntegra e todas as comunicações oficiais estão sendo formalizadas perante a autoridade competente que está ciente do cumprimento dos atos pela empresa". A reportagem acionou o MP e aguarda resposta. 

Até o momento, há confirmação de seis mortes suspeitas de intoxicação por dietilenoglicol após terem ingerido a cerveja Belorinzontina. Ao todo, estão sendo investigados pela Polícia Civil 33 casos suspeitos de contaminação pela substância.

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