Famílias de vítimas vão processar companhia aérea

Parentes das vítimas se queixam da falta de informação sobre as causas do acidente

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Por Agencia Estado
Atualização:

Famílias de cinco funcionários da Petrobras, vítimas do acidente com o avião da Team - que caiu em Rio Bonito, no Rio de Janeiro, em 31 de março - anunciaram que vão processar a companhia aérea. Os parentes se queixam da falta de informação sobre as causas do acidente, que matou 19 passageiros e tripulantes que saíram de Macaé com destino ao Rio. Eles também cobram indenização. "A nossa queixa é contra o descaso completo dessa empresa aérea. Como viúva, nunca fui procurada por ninguém da Team. Nem o seguro obrigatório nós recebemos, porque a seguradora alega que o sinistro não foi comunicado pela companhia", disse Cláudia Del Souza, viúva do piloto de helicópteros Marven Souza, de 48 anos. Funcionária da Petrobras, Cláudia vem mantendo contato com as famílias dos quatro empregados da estatal que estavam no avião. "A situação é igual para todos. 73 dias depois do acidente não sabemos o que aconteceu. As famílias estão abandonadas à própria sorte, tendo de se adequar ao novo padrão de vida", disse. O presidente da Team, comandante Mário Moreira, informou que o sinistro foi comunicado à seguradora, mas que o pagamento do seguro depende da conclusão da investigação feita pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ele disse ainda que as famílias foram amparadas pela empresa. "A família do Marven, inclusive, recebeu passagens para que parentes que estavam nos Estados Unidos pudessem vir ao Rio acompanhar o enterro. Temos relatório do atendimento prestado a cada uma das famílias", afirmou. A assessoria de imprensa da Anac informou que as investigações não foram concluídas porque falta o resultado da leitura do gravador de dados, que mostra as condições da aeronave no momento do acidente. O gravador foi encaminhado para o fabricante, na Rússia, em maio, e ainda não houve resposta. A leitura desses dados pode indicar, por exemplo, se houve ou não falha no motor ou em algum dos equipamentos. A agência tem até 1º de julho para concluir as investigações.

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