
03 de junho de 2009 | 18h37
O advogado Marco Túlio Moreno Marques, que perdeu os pais no acidente da Air France, revelou que muitos familiares que estão no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, não queriam a divulgação dos nomes dos parentes que morreram no acidente, com medo da ação de golpistas. "Todos se lembram que na época do acidente da Gol, oportunistas usaram nomes das pessoas mortas para fazer compras e abrir financiamentos. Os familiares das vítimas tiveram sérias dificuldades no momento do inventário por conta das dívidas contraídas pelos falsários", afirmou o advogado.
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Marques se referiu ao acidente com o Boeing 737-800, com 155 pessoas a bordo, que desapareceu do radar quando voava de Manaus para Brasília. Não houve sobreviventes. Depois ficou apurado que a queda foi provocada pelo choque da aeronave com um avião Legacy, pilotado por americanos.
O advogado também não queria os nomes dos pais divulgados na lista com os nomes da vítimas que seria divulgada pela Air France, mas depois se conformou. "Não adiantou muito, porque a imprensa publicou antes", disse o advogado. Segundo ele, os pais viajavam para Paris "como quem viajava até Petrópolis" (região serrana do Rio).
No domingo, o casal José Gregório, de 72 anos, e Maria Thereza Moreno Marques, de 69 anos, embarcaram para comemorar o aniversário de José Gregório na capital francesa. "Não tínhamos o hábito de levá-los ao aeroporto porque eles viajavam sempre", revelou o filho do casal.
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