Famílias reclamam de falta de notícias em prisão de MG

A Polícia Militar de Minas Gerais precisou reforçar a segurança externa e interna da cadeia

PUBLICIDADE

Por Eduardo Kattah
Atualização:

Centenas de familiares de presos se concentraram na frente da cadeia pública de Ponte Nova, em Minas Gerais, após a notícia da morte de 25 detentos durante motim na madrugada desta quinta-feira, 23. A principal reclamação é em relação à falta de notícias. Como os corpos ficaram carbonizados, o trabalho de reconhecimento depende de coleta de informações e providências legais. Os nomes dos mortos não foram divulgados. A Polícia Militar precisou reforçar a segurança externa e interna da cadeia. Alguns pequenos tumultos foram registrados do lado de fora. A Secretaria de Defesa Social informou por meio de nota que mobilizou também outros órgãos do governo para o atendimento aos familiares dos presos, "prestando a assistência necessária para tentar minimizar os efeitos dessa tragédia". Conforme o comunicado, "tão logo seja feita a identificação dos corpos, as famílias serão informadas". Em entrevista a uma emissora de rádio de Belo Horizonte, o presidente da comissão de assuntos penitenciários da seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Adilson Rocha, orientou os parentes dos presos mortos a recorrerem a advogados e pedir indenização contra o Estado. "Se havia guerra de gangue, arma ou não, uma coisa é certa: as pessoas estavam presas, sob a responsabilidade do governo do Estado".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.