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Famoso restaurador condenado por receptação de furto

Por Agencia Estado
Atualização:

Os três acusados de envolvimento no furto de dez peças sacras da Igreja Matriz de São Caetano, no dia 18 de janeiro do ano passado, no distrito de Monsenhor Horta, na cidade histórica de Mariana, a 123 quilômetros da capital mineira, foram condenados pelo juiz Jorge Gustavo Serra de Macêdo Costa, da 4º Vara da Justiça Federal, em Belo Horizonte, ontem . A matriz foi construída em 1730 e é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O restaurador José Timotheo Rodrigues foi condenado a sete anos de prisão por receptação de mercadoria furtada e formação de quadrilha. ?O acusado é um dos mais renomados e prestigiados restauradores de obras de arte do País, cujo conhecimento técnico em momento algum foi questionado. Nesta condição, tinha exata noção do valor histórico e comercial das peças sacras que chegavam a seu ateliê. Tal circunstância torna mais censurável sua conduta?, afirma Macêdo Costa em sua decisão. Daniel Toledo e Rosa Maria Granchi foram condenados por formação de quadrilha e receberam pena de dois anos e seis meses e dois anos e três meses de prisão, respectivamente. Os dois cumprem há cerca de sete meses prisão preventiva em São Paulo. Em sua sentença, o juiz disse que os acusados ?possuem extensas folhas de antecedentes criminais, indicativas de seu envolvimento em diversos crimes de furto de objetos de arte sacra?. Daniel e Rosa Maria, no entanto, foram absolvidos da acusação de furto por falta de provas. A decisão é de primeira instância e cabe recurso. De acordo com a Justiça Federal em Minas, José Thimoteo poderá responder em liberdade porque conseguiu um habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília.

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