Fashion Business reflete cenário de crise

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Por Daniele Carvalho
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A crise já desembarcou no mundo da moda. A 13ª edição do Fashion Business, bolsa de negócio do setor de vestuário que acontece em paralelo ao Fashion Rio, apresentou baixo crescimento de vendas. O impacto foi sentido tanto nas transações feitas para o mercado interno, quanto nas exportações, que cresceram, respectivamente, 1,6% e 2% em relação ao evento do ano passado. Na edição de janeiro de 2008, a expansão para o mercado doméstico foi de 12% e, das vendas ao exterior, de 10%. As compras realizadas por lojas multimarcas brasileiras - que revendem as peças negociadas durante o evento - movimentaram R$ 376 milhões. Já as exportações, feitas por 93 compradores de 22 países, atingiram R$ 15,8 milhões. Os principais destinos das criações brasileiras foram Portugal, Espanha e Estados Unidos. Houve ainda grande volume de encomendas para Dubai e África do Sul. Na avaliação do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, apesar da forte redução no ritmo, os números devem ser comemorados. "O Fashion Business apresentou crescimento de vendas mesmo diante de todas as notícias de crise. Foi um bom resultado." O presidente da Firjan destacou que o valor agregado das peças exportadas pela feira atingiu US$ 70 por quilo, média similar ao dos produtos espanhóis. Ele acrescentou que dos 93 participantes internacionais do evento, apenas 31 foram convidados. "Isto demonstra o interesse de compradores internacionais pelos nossos produtos", afirmou o presidente da Firjan. Eloysa Simão, idealizadora do Fashion Business, disse que os expositores ganharam, em média, de quatro a cinco novos clientes durante o evento. "Considero isso um bom desempenho", acrescentou ela. Para ganhar espaço no mercado internacional, a 13ª edição do Fashion Business convidou as grifes francesas Valentina Vox, Margareth & Moi e Lefranc para desfilarem. Em contrapartida, grifes brasileiras desfilarão durante um salão de marcas na França entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro. Pelos corredores da feira, no entanto, os comentários eram de que a movimentação de visitantes este ano ficou abaixo das expectativas e inferior à dos anos anteriores.

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