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Favelas da Maré têm mais um dia de guerra

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de um fim de semana violento, em que sete pessoas morreram, o conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio, teve mais um dia de guerra. Na madrugada de hoje, houve tiroteio entre traficantes e policiais militares, deixando três bandidos mortos e quatro PMs feridos. A troca de tiros foi às 4 horas. Um grupo de policiais do Grupamento Especial Tático-Móvel (Getam) abordou um motociclista e criminosos, que davam cobertura em dois carros, atiraram contra os PMs, ferindo o soldado Wellington Flávio Tavares. Ele está internado, em observação. Os automóveis foram recuperados. Em seguida, ocorreu mais um embate, desta vez dentro da favela Roquete Pinto. Quatro criminosos morreram e três policiais foram atingidos. Eles não correm risco de vida. Após esse confronto, foram apreendidas várias armas, munição e um caderno com anotações do tráfico, além de maconha e cocaína. Nas embalagens de cocaína, havia um adesivo com as inscrições assinadas pelo TC (Terceiro Comando, facção criminosa que domina o comércio de drogas na favela). A PM fez operações hoje na Roquete Pinto e em outras três favelas da Maré: Vila do João, Vila dos Pinheiros e Conjunto Esperança. O comandante do batalhão da PM da Maré, tenente-coronel Álvaro Garcia, disse que as operações no complexo vão continuar. Hoje de manhã, traficantes atacaram com tiros de fuzil um carro da PM que fazia patrulhamento na favela do Terreirão, na Penha, também na zona norte. A onda de violência começou no sábado à noite, quando o pastor evangélico Antônio Carlos Rosa, de 54 anos, foi assassinado perto da Maré, supostamente por traficantes. No domingo, a PM ocupou a Vila do João e o Conjunto Esperança para buscar os assassinos do pastor. Houve troca de tiros e, segundo a polícia, seis criminosos morreram.

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