20 de novembro de 2008 | 15h57
A campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres foi lançada no Brasil, antecipadamente, nesta quinta-feira, 20, por conta do Dia da Consciência Negra. Em entrevista ao programa Revista Brasil, a coordenadora nacional da campanha, Marlene Libardoni, disse que na realidade brasileira "as mulheres negras sofrem a dupla violência, por serem mulheres e negras." Veja também: Reitor da Unipalmares fala no combate ao racismo I Reitor da Unipalmares fala no combate ao racismo II Data lembra a morte de Zumbi dos Palmares Saiba em quais cidades é feriado no dia 20 A campanha escolheu 16 dias importantes do calendário para chamar a atenção da sociedade para o fim da violência contra a mulher. "A idéia dos 16 é fazer uma vinculação de que a violência contra as mulheres é uma violação dos direitos humanos", defende Marlene. A campanha mundial começa oficialmente na terça-feira, 25, Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres e vai até o dia 10 de dezembro, Dia Mundial dos Direitos Humanos. Nesse período, duas datas importantes se destacam o 1° de dezembro Dia Mundial de Luta contra a Aids e seis de dezembro, marca do movimento dos homens pelo fim da violência contra as mulheres. O slogan deste ano, Há Momentos em que sua Atitude faz a Diferença. Lei da Maria da Penha, Comprometa-se, ressalta que a violência contra as mulheres deve ser encarado como problema social. "A campanha quer chamar cada pessoa a se comprometer, a não deixar acontecer a situação de violência contra a mulher" explica Marlene. Depois de 2006, quando a Lei Maria da Penha foi aprovada, Marlene avalia que houve uma melhora, mas que é preciso incentivar a denúncia, "É muito difícil dizer quanto aumentou ou diminui baseado em dados, porque muitas pessoas não denunciavam. A lei marca uma mudança na questão da impunidade, as mulheres denunciam e as pessoas também podem denunciar." O Centro Global de Liderança das Mulheres criou a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres em 1991. No Brasil, a Agende (Ações em Gênero Cidadania e Desenvolvimento) é a ONG responsável pela iniciativa.
Encontrou algum erro? Entre em contato