
10 de março de 2014 | 15h55
RECIFE - A tensão substituiu o glamour no badalado Arquipélago de Fernando de Noronha diante da falta d'água que atinge o local há cerca de três semanas. O açude Xaréu, único manancial de abastecimento da ilha, secou e os dessalinizadores (que tornam potável a água do mar) não são suficientes para atender a demanda em época de férias.
Diminuição na captação de água no Sistema Cantareira fará com que uso da água seja mais racional
A população local começou a se manifestar no sábado, 8, com um protesto na BR-363. A via foi interditada por cerca de duas horas em horário de voos, impedindo turistas de deixarem o local. Na madrugada deste domingo, 9, um incêndio atingiu a vegetação às margens da pista do aeroporto. Investiga-se a possibilidade de uma ação criminosa.
Há registro de fechamento de restaurante e de pousadas por causa da escassez de água e turistas chegam a usar piscinas para tomar banho.
Nesta segunda-feira, 10, o conselho distrital de Fernando de Noronha está reunido - com representação da comunidade e dos empresários - em busca de uma solução. A população pressiona e ameaça novo protesto nesta quarta-feira, 12.
A Companhia de Abastecimento de Pernambuco (Compesa) informou em nota que está realizando todas as ações possíveis para minimizar os efeitos da estiagem, que lembra ser a pior dos últimos 50 anos, com reflexo direto no abastecimento local.
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