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Festa anual da categoria está marcada para o dia 17

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Por Redação
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Uma das pretensões da Associação dos Garçons é transformar Frei Miguelinho em uma cidade temática, o que inclui a criação de um monumento ao garçom - uma grande estátua retratando um profissional vestido a caráter, com uma bandeja na mão - na entrada da cidade, além da inserção da festa anual da categoria no calendário turístico do Estado. Não menos importante é a luta para levar para a cidade uma unidade do Senac voltada para a capacitação de profissionais da área hoteleira e da gastronomia. "Frei Miguelinho exporta garçons, mas não forma mão de obra", afirma o presidente da associação, Ronas Gomes. "O ideal é que eles saiam daqui treinados." Eles fazem curso quando buscam trabalho nas capitais ou aprendem com os companheiros. Desde 1996, os garçons fazem sua grande festa na terceira segunda-feira de agosto - neste ano, no dia 17 -, o que motiva a volta à terra de profissionais espalhados pelo País. O evento nasceu pequeno, quando garçons e familiares de José Carlos Azevedo, o Neném, se juntaram para comemorar o seu aniversário, na primeira quinzena de agosto. Zé Carlos foi levado pela "família Tatu" (mais informações ao lado) para ser garçom no Recife, em 1986. Continua na profissão. No ano passado, cerca de 8 mil pessoas prestigiaram a festa. Neste ano, a programação inclui torneio de futebol, feijoada, corrida de bandeja - com dez copos cheios de água -, show de calouros, concurso da rainha e apresentações musicais. Paulo Raulino Ferreira, de 32 anos, trabalha há 11 na Trattoria do Guapo, no Shopping Center Norte, em São Paulo. Foi para a capital paulista pelas mãos de um primo garçom - de Frei Miguelinho, claro. Há seis anos, ele tira férias em agosto para aproveitar a festa e rever familiares e amigos. A família Raimundo Silva fez a mesma trajetória de tantos outros garçons que rumaram para São Paulo, na década de 1980. Dos oito filhos do agricultor aposentado e analfabeto Severino Raimundo Sobrinho, de 75 anos, seis estão no ramo. Emotivo, seu Severino chora ao falar dos filhos bem-sucedidos. "Tenho muito orgulho." Josuel, Cláudio Luiz e Natalia continuam em São Paulo. Josberto, Rui e Luiz Carlos voltaram para casa. Os dois primeiros são gerentes de restaurantes bem conceituados no Recife e seus garçons são preferencialmente de Frei Miguelinho. Eles mantêm o ciclo, com um encaminhando o outro - parente, amigo, amigo do parente...

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