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Filha dos Staheli já pode ser liberada para voltar aos EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

A filha mais velha do casal Todd e Michelle Staheli, W., de 13 anos, prestou depoimento nesta quarta-feira durante mais de três horas na Delegacia de Homicídios do Rio. O advogado João Mestieri disse que, após o depoimento, viu um ofício assinado pelo delegado Marcos Henrique Alves, da 16.ª Delegacia Policial, na Barra da Tijuca, no qual o policial informa à Justiça não haver mais impedimentos para que W. deixe o País e retorne aos Estados Unidos. "Os delegados dizem que não têm mais nada a perguntar. Eles foram claros sobre a absoluta dispensabilidade (de W.). Estão satisfeitos", disse o advogado. O advogado também contou que a menina confirmou que o portão da casa estava destrancado no dia do crime que vitimou seus pais. A menina disse também que uma das janelas da casa da família, localizada no andar térreo, tinha defeito na tranca pelo menos desde uma semana antes do duplo assassinato. O depoimento da menina foi acompanhado por três advogados, um psicólogo da polícia, agentes da Delegacia de Homicídios (DH) fluentes em inglês, um representante da Secretaria de Segurança Pública, os dois avós paternos da menor e a irmã da mãe, além de Alves e do delegado Carlos Henrique, da DH. "Ela disse se lembrar muito bem de que, ao chegarem em casa, o portão foi fechado", disse o advogado, referindo-se ao portão encontrado aberto pelo casal Jeff e Carolyn Turner, amigos dos Staheli, ao chegarem ao local do crime após terem sido chamados por W. Segundo a menina, o portão só poderia ser aberto da cozinha da casa ou com uma chave. W. contou também que, pelo menos uma semana antes da morte do executivo da Shell, uma das janelas apresentou defeito na tranca. A mãe teria pedido ao motorista da família, Sebastião Moura, para que consertasse, mas ele teria dito não saber como fazê-lo. W. não sabe se a mãe pediu a ele que providenciasse uma solução para o problema. Mestieri soube na polícia que a passagem de Todd por outros países também está sendo investigada. "Clientes meus americanos acharam estranho o fato de ele ter permanecido apenas três ou quatro meses em alguns dos outros países. Isso é atípico. Talvez indique que Todd tivesse uma função fiscalizadora." Após criticar o rumo das investigações e de ter sido criticado pelo secretário de Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, ontem o advogado preferiu encerrar a polêmica. "Não tenho nada contra a polícia e elogio o trabalho policial, em especial o de hoje." O depoimento de W. foi acordado entre Mestieri e a polícia durante a reconstituição do crime. Para ler mais sobre o crime na Barra da Tijuca: » Enxada encontrada na casa dos Staheli será periciada » Começa reconstituição de assassinato do casal Staheli » Acumulam-se erros na investigação da morte dos Stahelis » Garotinho no centro da polêmica sobre os filhos de Staheli » Advogado dos Stahelis sugere que criminoso é estrangeiro » Caso Staheli: especialistas estranham demora da polícia » Polícia do Rio vai refazer perícia na casa dos Staheli » Parentes querem adiar reconstituição do crime dos Staheli » FBI manda investigadores para acompanhar casa Stahelli » Corpo de Michelle Staheli já foi encaminhado para necropsia » Polícia ainda não solicitou sangue de mulher de executivo » Morre Michelle Staheli, a mulher do executivo » Filhos do casal terão que prestar depoimento » Depoimento da filha mais velha tem contradições, diz secretário » Morte cerebral de Michelle Staheli é "questão de tempo" » Situação de Michelle Staheli é "extrema", diz boletim » Polícia quer impedir que filha de executivo deixe o País » Mercado não acredita em ameaças ao executivo americano » Estado da mulher do executivo choca os parentes » Parentes do casal americano chegam ao Rio » Empresário americano podia estar sendo ameaçado

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