Filho estrangula a mãe em bairro nobre de São Paulo

O rapaz de 17 anos alega que ela o teria ameaçado com uma faca

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Por Agencia Estado
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Zeli Boeira de Abreu tinha 33 anos e vinha descutindohavia semanas com seu filho R.B da S., de 17, por causa do fraco desempenho do garoto no segundo ano do ensino médio em um colégio particular. Os dois moravam no Condomìnio Manaus, um prédio de classe média no Morumbi, zona sul. O jovem não gostava de ficar de castigo e na madrugada de hoje a briga entre os dois acabou em tragédia. Zeli chegou em casa de madrugada, entre 4 e 6 horas, e os dois começaram a discutir. Na delegacia, o jovem disse que sua mãe o atacou com uma faca. R. foi para cima dela e eles começaram a lutar. Quando caíram no chão, R. usou as pernas para prender a cabeça da mãe. Depois, estrangulou a mãe com as mãos. Vendo Zeli desacordada, pouco depois das 7 horas, o rapaz desceu do 8º andar, deixou as chaves com o porteiro Francisco Bezerra de Oliveira, que não percebeu nada de estranho com o jovem. R. foi para a casa do ex-padastro, o treinador de tênis Marcelo Oliveira de Abreu, de 42 anos, para pedir ajuda. ?Ele chegou aqui chorando muito e disse que a mãe estava desmaiada em casa?, afirmou. O ex-padrasto foi para a casa de Zeli e a encontrou morta. Marcelo e Zeli tiveram duas filhas, de 5 e 9 anos, e estavam separados há cinco anos. ?As duas estavam passando o fim de semana comigo. Elas ainda não sabem da morte da mãe?. Foi Marcelo quem acionou a polícia. Tanto o padrasto como os policiais disseram que R. estava sóbrio e que não sabiam de nenhum tipo de envolvimento do jovem com drogas. O delegado Altair de Souza Filho, do 89º Distrito Policial, afirmou que a perícia encontrou uma faca próxima ao armário do quarto onde os dois lutaram. ?Ele alegou legítima defesa. Haviam muitas pegadas no quarto, o que mostra que houve luta. Mas o menino não tinha nenhum ferimento e ainda não podemos dizer se a mãe realmente o atacou com a faca?, disse. O tenente Eliel Pontirelli, do 16º Batalhão Policial, contou uma versão diferente da do delegado. Ele contou que a mãe estava em casa e que o jovem que chegou durante a madrugada. ?Ele saiu com os amigos e começou a discutir com ela quando chegou em casa?. A previsão era de que hoje R. seja encaminhado à triagem da Unidade de Atendimento Inicial (UAI), no Complexo Brás.

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