Filho nega participação no assassinato dos pais

Rogério Tavares disse que homem encapuzado teria invadido a casa e assassinado seus pais nesta sexta-feira no bairro de Perdizes, na capital

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Por Agencia Estado
Atualização:

O escrevente Rogério Gonçalves Tavares, de 42 anos, negou participação no assassinato de seus pais Sebastião Esteves Tavares, de 71 anos, e Hilda Gonçalves Tavares, de 68, na manhã desta sexta-feira, 17, na casa da família localizada na Rua Cayowaá, em Perdizes, na zona oeste de São Paulo. A declaração foi dada durante depoimento informal de Tavares no quarto do Hospital São Camilo, onde está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ao delegado Rodolfo Chiarelli e José Vince Prova, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), por volta das 17 horas. Além de negar participação no crime, ele afirmou que um homem encapuzado teria invadido a casa e assassinado seus pais. A versão dele é compartilhada por sua avó, Isaura da Purificação Gonçalves, de 93, que também estava na casa. Segundo ela, um homem encapuzado teria amordaçado sua filha Hilda, Sebastião e o próprio Rogério. Porém, antes de ser hospitalizado, Rogério afirmou aos policiais que a família havia sido vítima de um assalto. Mas a polícia não encontrou indícios de arrombamento na residência e contou que Rogério demorou para abrir a porta na chegada da PM. A polícia foi acionada após a denúncia de um porteiro, que foi alarmado por uma pedestre que teria visto as agressões ao casal, por volta das 7 horas. Após arrombarem a porta da casa, os policiais encontraram o casal assassinado a facadas. Pela manhã, a polícia chegou a afirmar que Rogério Tavares era o principal suspeito do crime. Porém, após o depoimento informal, o delegado Chiarelli disse que o filho do casal "não é suspeito porque ainda faltam ser ouvidos vizinhos e outros moradores da rua". Nos próximos dias, a polícia vai ouvir o outro filho do casal, Valter Tavares, para verificar se foram roubados pertences da família. A informação de um vizinho, que teria ouvido uma discussão em que Hilda ter dito não querer mais o filho em casa, também está sendo investigada pela polícia. Segundo Chiarelli,a polícia trabalha com todas as hipóteses. "Estamos investigando um duplo homicídio e uma tentativa de homicídio".

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