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Fim do horário de verão: Relógios devem ser atrasados em três regiões do País

Metrô vai estender operação neste fim de semana; mudança leva a insatisfação de alguns e comemoração de outros

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Por Marco Antônio Carvalho
Atualização:
Economia com a alteração ainda não foi divulgada pelo governo Foto: GABRIELA BILO/ ESTADAO

Terminou à 0h deste domingo, 19, o horário brasileiro de verão. Com isso, os relógios dos Estados nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul precisam ser atrasados uma hora.

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Em vigor desde 15 de outubro de 2016, a mudança tem como objetivo principal a redução no consumo de energia elétrica no horário de pico, entre 18 e 21 horas. A economia com a alteração ainda não foi divulgada pelo governo. A expectativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é de que o valor fique próximo de R$ 147,5 milhões.

A mudança de horário é adotada no País desde 1931. “O verão é o período que naturalmente demora a anoitecer, o dia é maior. Ou seja, com o horário de verão é possível aproveitar a luz natural para um melhor aproveitamento da energia”, informou em nota à imprensa o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Fábio Alves.

Em São Paulo, o Metrô a estendendeu a operação para se adequar ao novo horário. A companhia informou que os passageiros embarcaram até a 1h do horário novo (2h do horário antigo) nas Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 4-Amarela. Nas Linhas 5-Lilás e 15-Prata, as estações permaneceram abertas até a meia-noite do novo horário.

O fim do horário diferenciado dos últimos cinco meses leva a insatisfações de alguns e comemoração de outros. Para o auxiliar de manutenção Paulo Cristiano, de 25 anos, atrasar o relógio será motivo de tristeza. “Adoro porque me permitia sair do serviço e ainda ver o sol. Passa a impressão de que o dia rende mais”, disse. “Agora, volta o martírio”, brincou. 

Sol. A analista Karine Rocha, de 36 anos, também disse gostar do horário de verão. Com uma hora a mais neste sábado, ela disse que aproveitará para descansar. É o mesmo que vai fazer o frentista Wagner Meireles, de 32 anos. Ao contrário de Karine, ele está comemorando o ajuste dos ponteiros. “Trabalhar a essa hora e ainda com um sol escaldante torna tudo mais difícil. No horário comum, já estaria escurecendo e estaria mais agradável”, disse às 19 horas desta sexta, quando o sol ainda brilhava forte, no que foi até o momento o dia mais quente do ano: 33,1 ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia.

Para um terceiro grupo, as mudanças são vistas com indiferença. “Minha mulher até fala que o horário de verão atrapalha o sono e a alimentação dela. Mas para mim não há a menor diferença”, disse o taxista Paulo Cesar Pimentel, de 70 anos. 

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