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Fiscais serão investigados como crime organizado

Promotor que assumiu caso crê que conseguirá entregar denúncia contra esquema de propina na Subprefeitura da Mooca à Justiça até amanhã

Por e Felipe Grandin
Atualização:

A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo decidiu tratar como crime organizado a máfia dos fiscais que agia dentro da Subprefeitura da Mooca, na zona leste de São Paulo. Por ordem do procurador-geral, Fernando Grella Vieira, a partir de hoje caberá ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) o acompanhamento das investigações, tarefa antes desempenhada pelo promotor José Carlos Guillem Blat. Foi ele quem deu início as apurações que terminaram com a prisão de 11 pessoas acusadas de extorquirem dinheiro de camelôs do Brás. Ontem mesmo, o promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro se reuniu com Blat para se inteirar da investigação. Por lei, os promotores do Gaeco têm cinco dias para oferecer a denúncia (acusação formal) à Justiça, a contar da data de recebimento do inquérito. Entretanto, Carneiro acredita que conseguirá entregar sua manifestação à 22 ª Vara Criminal da capital até amanhã. Os 13 envolvidos no suposto esquema deverão ser denunciados por formação de quadrilha e corrupção. Os funcionários públicos - os irmãos Felipe e Marcelo Eivazian, além dos fiscais Edson Alves Mosqueira, Ronaldo Correa dos Santos e Nilson Alves de Abreu - também responderão por concussão (crime praticado por funcionário público contra a administração) e tráfico de influência. As investigações sobre focos de corrupção em outras subprefeituras continuarão sendo feitas por Blat. Na semana passada, ele instaurou procedimento para apurar denúncias contras as Subprefeituras da Lapa, Pinheiros, Sé e Vila Prudente. Na tarde de ontem, os nove acusados de integrar a máfia foram transferidos das carceragens em que estavam para unidades prisionais. Os irmãos Eivazian e os fiscais ficarão presos no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros. Das 13 pessoas apontadas pela polícia como integrantes do esquema, 9 tiveram a prisão preventiva decretada na terça-feira pela juíza Maria Fernanda Belli. EXONERAÇÃO Rogério Lopes foi exonerado ontem da chefia de gabinete da Subprefeitura da Mooca. O cargo será assumido pelo coronel da reserva da PM Rubens Casado. Também foi publicada a nomeação do novo chefe de fiscalização da Mooca, o coronel da reserva Airton Nobre de Mello, que assumirá a Unidade Técnica de Fiscalização, da Supervisão Técnica de Fiscalização, da Coordenadoria de Planejamento e Desenvolvimento. A vaga era ocupada por Felipe Eivazian.

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