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Fogo atinge casarão da Secretaria da Educação em Salvador

Casarão do século 19 é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Por Tiago Décimo - Atualizado às 16:45
Atualização:

SALVADOR- Um incêndio iniciado no fim da noite de ontem (quinta-feira) e controlado apenas na madrugada de hoje destruiu a maior parte do casarão do Solar Boa Vista, no bairro de Engenho Velho de Brotas, em Salvador.O imóvel, do início do século 19, já foi a residência do poeta Castro Alves e sede da Prefeitura. Pertencente ao governo da Bahia, o casarão é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e desde 2003 estava cedido para a Secretaria Municipal de Educação de Salvador.O fogo destruiu metade da estrutura interna do imóvel, mas não deixou feridos. Cerca de 200 servidores trabalhavam no local, mas já haviam deixado o prédio, após o fim do expediente. Apenas dois vigilantes estavam no casarão quando o incêndio começou e conseguiram sair antes de o fogo se alastrar.Segundo informações da Prefeitura, o incêndio começou por volta das 23 horas (de Brasília), no térreo, e rapidamente consumiu boa parte das vigas de sustentação e dos pisos do casarão, feitos de madeira. O fogo só foi controlado pelo Corpo de Bombeiros por volta das 2 horas.O prefeito ACM Neto e o secretário de Educação, João Bacelar, acompanharam os trabalhos para controlar as chamas durante a madrugada. Ainda não há informações sobre o que teria provocado o incêndio. A perícia do Departamento de Polícia Técnica só deve ser realizada na próxima semana, após o acesso ao prédio ser liberado."O maior prejuízo é com o valor histórico do prédio", disse o prefeito, salientando que a maior parte do arquivo da secretaria está alocado em um prédio anexo, que não foi atingido pelas chamas. Segundo informações da Secretaria de Educação, o incêndio não interfere no processo de matrículas para alunos da rede municipal.Em visita ao local na manhã de hoje, o governador Jaques Wagner disse que o imóvel tem seguro e será restaurado. Análise preliminar da Defesa Civil aponta que, apesar de cerca de metade das estruturas internas terem ficado completamente destruídas, a fachada não corre risco de ruir.

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