Forbes vê presidente como ''3ª mulher mais poderosa''

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Por Gabriel Manzano
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Foi um salto para homem nenhum botar defeito. Do 95º lugar, no ano passado, a presidente Dilma Rousseff passou ontem para o terceiro, na lista das mulheres mais influentes do mundo. Anunciado pela revista Forbes, o pacote das superpoderosas só colocou à frente da brasileira a chanceler alemã Angela Merkel e Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA. Dilma, diz a Forbes, fez história "como a primeira mulher a liderar a maior potência econômica da América Latina". Deixou longe as outras sete chefes de Estado da lista - a começar pela poderosa Sonia Gandhi, da Índia, que ficou em sétimo, e a amiga e vizinha Cristina Kirchner, que não foi além do 17º. Na subida, ela cruzou com Michelle Obama, que descia. De 2010 para cá, a mulher de Obama desceu do topo da lista para o oitavo lugar. A presidente brasileira pode ainda festejar, se quiser, sua vantagem sobre nomes como Angelina Jolie (29º), Gisele Bündchen (60º, única brasileira na lista, além dela), Anne Wintour (69), a rainha Elizabeth (49º), e Sarah Palin (34º). Quem pensar em dinheiro tem de tirar o chapéu para o grupo. Juntas, as 100 eleitas da revista americana "controlam" US$ 30 trilhões - algo para se pensar, num mundo governado por tantos homens e às voltas com déficits gigantescos na Europa, rebeliões contra ditadores árabes e pânico financeiro nos EUA. É que, além das oito líderes nacionais, a escolha recaiu sobre 29 comandantes de grandes multinacionais. E 22 das 100 são solteiras.Como definiu a presidente da editora, Moira Forbes, a lista "reflete os caminhos diversos e dinâmicos de hoje, na direção de dar poder às mulheres". E elas assumem, "seja liderando uma nação ou definindo a pauta das questões críticas da época". A lista não tem surpresas - afinal, até as "novidades" foram exatamente as esperadas. Lady Gaga estreou na lista já em 11º, e a recém-instalada diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, ficou em nono - não teve tempo de ir brigar pelo pódio com as imbatíveis Angela Merkel e Hillary. Prática e direta, a socióloga e analista política Fátima Pacheco Jordão acredita que a posição de Dilma "reflete, na verdade, a posição do Brasil, a importância que o País assumiu na cena mundial". Ela acha importante a ascensão da presidente "por estar ela numa posição sempre tão desafiada, pela base, pela mídia". Mas importa, também, "saber que as mulheres não chegam ao poder em igualdade decondições (com os homens)".F

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