Força Nacional de Segurança chega ao Rio de Janeiro

Objetivo é impedir entrada de armas no Estado; início da atuação não foi definido

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Por Agencia Estado
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O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), anunciam nesta segunda-feira a instalação do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) visando à redução da violência no Estado e aos preparativos na área de segurança para os Jogos Pan-Americanos, programados para julho. No domingo, os primeiros 500 homens da Força Nacional de Segurança (FNS) chegaram ao Rio, com o reforço de 52 carros para fiscalizar 19 pontos nas divisas com os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O GGI contará com a participação de agentes federais, incluindo as polícias Federal e Rodoviária, além de agentes da Receita Federal. Integrantes dos ministérios públicos dos quatro Estados do Sudeste também farão parte do grupo, além de policiais dos respectivos Estados. O Gabinete se reunirá a cada dois meses para analisar os resultados das ações e traçar novos planos. A Força Nacional terá como objetivo impedir a entrada de armas no Rio, além de combater roubo de carga nas fronteiras dos demais Estados do Sudeste. Na semana passada, durante encontro no Palácio Laranjeiras, os governadores de São Paulo, José Serra; de Minas Gerais, Aécio Neves; do Espírito Santo, Paulo Hartung, estiveram reunidos com o governador fluminense para detalhar a ação conjunta do GGI. O secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, informou no sábado que as tropas da Força Nacional de Segurança não entrarão em operação imediatamente e o início da atuação será definido até terça-feira, explicou. Ele afirmou ainda que a acomodação dos 400 soldados que virão ao Rio "dependerá da logística, mas possivelmente ficarão no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CEFAP)", em Guadalupe, na zona norte da cidade. A Secretaria de Segurança Pública do Ministério da Justiça vai enviar, até julho, mais seis mil homens para o Rio, reforçando o esquema durante os Jogos pan-americanos. O governador do Rio pediu auxílio da Força Nacional assim que assumiu o governo, no início de janeiro. Quatro dias antes de sua posse, traficantes de drogas realizaram uma série de ataques na cidade, que culminaram com a morte de 18 pessoas - sete delas carbonizadas depois que criminosos incendiaram um ônibus interestadual sem dar tempo para a fuga dos passageiros.

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