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Forças armadas investigam roubo a depósito da Aeronáutica

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Álvaro Lins, disse hoje que as investigações do assalto ao Depósito da Aeronáutica, na Avenida Brasil, nesta madrugada, ficarão por conta das forças armadas. Álvaro Lins afirmou que a Polícia Civil já tem suspeitas dos criminosos, mas está impedida de instaurar inquérito porque o crime de roubo de armamento é da competência da Justiça Militar. O Comandando da Aeronáutica afastou os militares que integram a direção do Depósito de Aeronáutica. Os ladrões levaram armas, munição e uma Kombi. A Aeronáutica determinou instauração de inquérito policial para apurar a ocorrência, segundo nota oficial divulgada pelo comando da força. No final da manhã, Álvaro Lins apresentou várias armas apreendidas na favela da Vila Vintém, em Padre Miguel, zona oeste da cidade. Foram recuperados 10 fuzis, seis deles FAL, de uso exclusivo das forças armadas, cerca de oito mil munições de diversos ca libres, duas bazucas, cinco granadas, uma submetralhadora e uma pistola Beretta. Os armamentos estavam na laje de uma casa. Para Lins, a apreensão representa uma baixa para a facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA). De acordo com a Polícia Militar, os marginais entraram pelos fundos do quartel e renderam os sentinelas de plantão. Depois, foram até a reserva de armamentos, de onde levaram várias armas. Três soldados foram agredidos e amordaçados. Os bandidos fugiram levando o material na kombi oficial da Aeronáutica, placa 02C2182. O crime foi registrado na Delegacia de Bonsucesso. Eis a íntegra da nota: "Na madrugada de hoje, 3 de maio de 2004, um grupo de assaltantes armados invadiu as instalações do Depósito de Aeronáutica do Rio de Janeiro (DARJ) localizado na Avenida Brasil, em Bonsucesso, Rio de Janeiro. Durante o assalto, foram mantidos reféns cinco militares que estavam de serviço, e roubados 22 fuzis HK-33, 1 (uma) pistola calibre 9mm municiada com 15 cartuchos, quatr) carregadores do fuzil HK-33 carregados, cada um, com 40 cartuchos e uma viatura modelo Kombi. Segundo o delegado Álvaro Lins, a Polícia Civil vai colaborar no que for preciso, já que a utilização das armas no tráfico e no porte ilegal é de sua competência.

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