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Forte chuva alaga ruas e deixa Rio em estado de atenção

Aeroporto Santos Dummont ficou fechado por 40 minutos; houve deslizamento de terra no Morro da Mangueira

Por Fábio M. Michel , e Clarissa Thomé e de O Estado de S.Paulo
Atualização:

A forte chuva que caiu no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 21, causou transtornos em diversas cidades. Na capital fluminense o trânsito ficou caótico em diversos pontos e, por conta da intensidade do temporal, a Defesa Civil decretou estado de alerta, para a possivel ocorrência de alagamentos e deslizamentos. A chuva diminuiu de intensidade no Rio, mas a Defesa Civil mantém o estado de atenção na zona oeste da cidade, onde vários deslizamentos provocaram interdições de ruas nas áreas de Jacarepaguá e Grajaú.   Veja também: Corpo de menino levado por correnteza é encontrado no Rio  Todas as notícias sobre vítimas das chuvas   Na Praia do Flamengo, na zona sul carioca, carros atravessam ruas alagadas Foto: Marcos D'Paula/AE   Apesar de atender a 210 solicitações de socorro só nesta quarta-feira, 21, a Defesa Civil não registra feridos, nem mortos. O número de desalojados e desabrigados não é conhecido.   Os incidentes mais graves aconteceram em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio. Dois deslizamentos - um no bairro de Mangueirinha e outro, no Morro do Sossego - deixaram três feridos leves ao todo. Lá, a Defesa Civil decretou estado de alerta, que deverá ser mantido por toda a madrugada de quinta-feira.   A previsão é de mais chuva forte amanhã em praticamente todo o Estado do Rio.   Caos no Rio   No Rio, vários pontos tiveram alagamento e o trânsito ficou confuso em bairros como centro, Botafogo, Maracanã e Praça da Mangueira. O tráfego de trens no ramal Saracuruna foi interrompido a partir das 17h45, depois que o Rio Faria Timbó, próximo à linha férrea, transbordou. O Aeroporto Santos Dumont ficou fechado por 40 minutos.   Os locais mais atingidos, segundo o Serviço de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros, foram a região central e a zona sul. Segundo a monitoração feita pela Defesa Civil, na região de Cachambi, na zona norte choveu 118 milímetros nas últimas 24 horas.   A Defesa Civil municipal recebeu 125 chamados, a maioria por ameaça de desabamento de imóveis e deslizamentos, como o que ocorreu no Morro da Mangueira e atingiu o auditório do Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj), que ficou coberto de lama.   Em Niterói, na região metropolitana, uma casa desabou sobre outro imóvel. O Corpo de Bombeiros da cidade afirmou que não houve vítimas. Em Tanguá, na Baixada Fluminense, mais de cem famílias estão desalojadas e outras seis famílias estão desabrigadas, de acordo com a Defesa Civil. Os desabrigados foram levados para um abrigo da prefeitura.   De acordo com a meteorologista Marlene Leal, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o índice pluviométrico mais alto foi registrado na região de Jacarepaguá - entre 16 horas e 19 horas choveu 80 milímetros. No centro da cidade, foram registrados 45,2 milímetros de chuva.   "Tivemos dias quentes provocados por massa de ar quente estacionada na região. De terça-feira para quarta-feira, houve a entrada da frente fria. É como se a frente fria comprimisse a massa de ar quente, que se torna mais intensa. Esse contraste da temperatura provoca chuvas mais fortes", explicou. A previsão para esta quinta continua de chuva intensa.   Texto alterado às 23h30 horas para acréscimo de informações.    

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