PUBLICIDADE

Forte chuva deixa 4 mortos em Alagoas

Em quedas de barreira, grávida, bebê e idosa são vítimas

Por Ricardo Rodrigues e MACEIÓ
Atualização:

As fortes chuvas que causam danos no Norte e no Nordeste fizeram mais quatro vítimas fatais ontem, em Alagoas. Três pessoas morreram em Maceió e uma em Coqueiro Seco. Entre os mortos, estão uma senhora de 100 anos, uma grávida de 7 meses, de 23 anos, e seu filho, de 2. Em Coqueiro Seco, a vítima era um jovem identificado apenas como Erick, de 16 anos. Charlene Conceição e seu filho Elvis foram soterrados às 7 horas, enquanto dormiam em casa, em Jacintinho. Equipes de resgate levaram a mulher ao Hospital Geral do Estado, mas ela e o feto morreram. No bairro Bom Parto, Antônia Paula de Oliveira, de 100 anos, também dormia quando houve desmoronamento. "Não deu tempo de socorrer minha tia", lamentou Darcy dos Santos. O corpo foi resgatado no fim da tarde. A Defesa Civil ainda não tem balanço de desabrigados, mas o Corpo de Bombeiros informou que registrou dezenas de pedidos de socorro para resgate de vítimas de quedas de barreiras. OUTROS ESTADOS Já chegam a 103 mil o número de pessoas afetadas pelas chuvas no Maranhão. São 41 mil desabrigados e desalojados em 28 cidades, de acordo com a Defesa Civil. "Nós estamos fazendo o máximo, mas muitas das informações chegaram apenas nesta semana", explicou o coordenador de Comunicação Social da Defesa Civil, major Abner Ferreira, em relação ao caos. As chuvas também provocaram bloqueios em rodovias. No Ceará, são 79.626 pessoas afetadas por enchentes em 48 cidades. De acordo com a Defesa Civil, 11.383 pessoas estão desalojadas e outras 5.498 desabrigadas. Desde o início do ano, quatro pessoas morreram. Anteontem, o governador Cid Gomes (PSB) liberou R$ 1,2 milhão para Bela Cruz, Santana do Acaraú, Itapajé, Granja e Sobral. No Piauí, o governador Wellington Dias (PT) e o prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB), vistoriaram ontem os pontos mais críticos da capital. A cidade tem hoje 1,3 mil famílias desabrigadas. Outras cidades também sofrem com as enchentes. O Ministério da Integração Nacional liberou R$ 10 milhões para fazer um novo dique no Rio Poti e o Estado investirá mais R$ 2 milhões. Barras e Esperatina têm juntas quase 700 desabrigados. Em Miguel Alves, são mais 170 famílias desabrigadas. COLABORARAM CARMEN POMPEU, LUCIANO COELHO e WILSON LIMA

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.