Fórum virtual de Marina é 'atacado' e sai do ar

Consulta lançada no site Movimento Marina Silva teve de ser bloqueada após embates entre serristas e dilmistas

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Por Marta Salomon e BRASÍLIA
Atualização:

Poucas horas depois de lançar uma consulta na internet sobre qual posição Marina Silva (PV) deveria adotar no segundo turno das eleições ao Planalto, a página do Movimento Marina Silva na internet foi alvo de "ataque" de aliados dos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Aos primeiros sinais do ataque, a coordenação do movimento decidiu bloquear novas inscrições com direito a manifestação no fórum "Que posição você sugere que Marina tenha no segundo turno". Ontem à tarde, com mais de 6 mil manifestações registradas, a consulta também foi retirada do ar, pouco mais de 24 horas depois de ter sido lançada. "Vamos fazer um resumo das contribuições e encaminhar a Marina", disse Eduardo Rombauer, um dos coordenadores do movimento, criado independentemente do PV, mas que mantém diálogo com o comando da campanha do partido. O movimento pergunta agora quais propostas poderiam ser objeto de compromissos dos candidatos ao segundo turno para atrair votos em Dilma ou Serra. Formação de grupos. Ainda ontem seriam desativados grupos criados por futuros eleitores de Dilma e Serra ou partidários da neutralidade no segundo turno das eleições. O primeiro grupo foi criado por eleitores de Serra, intitulado "PV + PSDB no segundo turno". Na sequência, foram criados outros grupos: "Voto em Dilma no segundo turno", "Voto em Serra no segundo turno", além de "Nem Dilma nem Serra". "Foi um erro liberar a criação desses grupos", avaliou Rombauer, assustado com a repercussão do embate eleitoral na página. O movimento já investe agora, como prioridade, na preparação de uma futura candidatura de Marina Silva ao Planalto em 2014. Enquanto a consulta à posição de Marina no segundo turno esteve aberta a manifestações, pessoas cadastradas no movimento se dividiram. Num primeiro momento, a neutralidade no segundo turno pareceu ser a proposta da maioria. Mas houve muitos defensores do voto nulo. E também quem atacasse essa posição. "Votar nulo é eleger Dilma", foi um argumento repetido por vários dos participantes do fórum. As manifestações também incluíam a participação do PV num futuro governo que se comprometesse com as propostas de Marina. Uma das mensagens sugeriu até uma cota para o PV, de dois ministérios: Educação e Meio Ambiente. Outra manifestação sugeria que o vice-presidente na chapa fosse do PV - hipótese descartada pela legislação. A decisão de Marina sobre quem apoiar ou mesmo manter-se neutra na reta final das eleições ao Planalto será levada à convenção do PV. O comando da campanha também seleciona temas prioritários do programa de Marina, que poderiam ser objeto de compromisso dos candidatos ao segundo turno. Esses temas serão apresentados a Dilma Rousseff e José Serra nos próximos dias.

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