Fotógrafos são perseguidos por soldados armados no MS

Fotógrafos foram cobrir morte de soldado em quartel

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um tiro de fuzil, um soldado morto e o desencadeamento do Plano de Defesa do Aquartelamento (PDA), marcaram a tarde desta segunda-feira, 23, no Quartel da Polícia do Exército (PE) de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Além dessa movimentação, dois jornalistas fotográficos foram perseguidos por um grupo de soldados armados. Um deles fugiu e outro acabou agredido e preso pelos militares, no Sindicato dos Agentes Tributários Estaduais, onde foi procurar apoio. Tudo começou no início da tarde, quando o estampido de um fuzil FAL calibre 7.62, ecoou no quartel da Rua Joaquim Murtinho, centro de Campo Grande. Imediatamente, a sirene foi acionada alertando sobre o vigor do PDA. Em uma das guaritas, o soldado Péricles Simões Dias, de 18 anos, foi encontrado morto, com um tiro na boca, Segundo nota do Comando Militar do Oeste (CMO), o caso será investigado, pois pode ter sido acidente ou suicídio. Durante a movimentação, os fotógrafos Adriano Hany e João Carlos Castro, do site Campo Grande News e jornal Folha do Povo, respectivamente, tentavam obter imagens por cima do muro do quartel. Um grupo de 10 soldados da PE saiu ao atrás de ambos. Hany jogou a máquina fotográfica no carro de reportagem, pediu para o motorista "correr", e fugiu. Castro não teve a mesma sorte. Foi alcançado, dominado, agredido e preso no quartel da PE. "Essas pessoas invadiram a nossa sede armadas, agrediram o jornalista durante a perseguição e também colocaram em risco a integridade física de diretores da entidade, funcionários e colegas sindicalizados", ressaltou o diretor-secretário, Antônio Independente de Oliveira, no ofício encaminhado ao CMO, solicitando "em regime de urgência, as providências que o caso requer".

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