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Fotos de universitária nua são montagem, admite estudante

O universitário Lincoln Ferreira admitiu que são montagens as fotos em que jovem aparece nua com ele e outro amigo, supostamente num motel

Por Agencia Estado
Atualização:

Em depoimento à Polícia Civil de Pompéia, o universitário Lincoln Ferreira admitiu que são montagens as fotos em que Francine Favoretto de Resende, de 20 anos, aparece nua com ele e outro amigo, Fábio Avelar, de 30 anos, supostamente num motel de Marília. Ele se recusou a revelar quem teria sido o autor das montagens. Também confessou ter copiado as fotos para CD e repassado a outras pessoas a partir de um computador da escola onde estuda. Ferreira disse que as fotos "não são verdadeiras". Na semana passada, Avelar disse à polícia que as fotos eram verdadeiras. Para o delegado de Pompéia, Valter Bettio, que conduz o inquérito, não importa quem está mentindo. "O que importa é que agora há provas suficientes para incriminar Ferreira por injúria e difamação pela divulgação das fotos", disse Bettio. De acordo com o delegado, Ferreira chegou a mostrar as fotos nos computadores da Fundação Eurípedes Soares da Rocha (Univem), onde ele e Francine estudam, em Marília. Na noite de 12 de abril, Francine teve de ser escoltada da sala de aula pela Polícia Militar devido à ameaça de estudantes que passaram a hostilizá-la depois de ver as fotos. O tumulto, que forçou a suspensão das aulas, foi desfeito somente depois de a PM usar gás pimenta. Pelo menos quatro testemunhas ouvidas pela polícia confirmaram ter recebido o CD de Ferreira que negou ter veiculado as fotos em sites e blogs da internet e no Orkut. "Pode não ter sido ele, mas vamos descobrir quem espalhou isso pela internet e Orkut", afirmou o delegado. Nos próximos dias a polícia vai pedir, por meio da Justiça, a identificação da origem das fotos que estavam num site hospedado nos Estados Unidos. Foi deste site que as fotos saíram para o Orkut, no qual mais de 7 mil mensagens ofensivas à estudante e a sua família foram disponibilizadas em apenas dois dias e por onde a maioria do estudantes da Univem tomou conhecimento da existência do material. A reportagem não conseguiu localizar Ferreira nesta quarta-feira. A avó do universitário disse que ele não estava e não sabia quando voltaria para casa.

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