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Fragilidade da segurança no Rio fica evidente em entrevista

Por Agencia Estado
Atualização:

Durante a entrevista da governadora Rosinha Matheus e do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, na tarde desta sexta-feira, ficou evidente a fragilidade da segurança no próprio Palácio Laranjeiras, residência oficial da governadora. O advogado André de Paula, que disse ser representante da Anistia Internacional, entregou uma pilha de pápéis ao ministro e uma fita de vídeo, que, segundo ele, continham denúncias sobre torturas contra presos. André de Paula, na presença do secretário estadual de Segurança Pública, coronel PM Josias Quintal, acusou-o de tortura contra presos políticos durante o regime militar. ?Aqui estão casos de torturas praticados por policiais, inclusive alguns que estão no comando da polícia, como o Álvaro Lins (chefe de Polícia Civil) e o coronel Quintal?, disse o advogado. Diante do constrangimento geral das autoridades, Thomaz Bastos disse apenas: ?Está recebido?. O diretor-geral da Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda, recolheu os papéis postos em cima da mesa e os colocou no colo. Discretamente, seguranças do Palácio Laranjeiras tentaram retirar o advogado e um outro homem que o acompanhava da sala de reuniões. Como o advogado se recusou a sair, os policiais militares deixaram então que André de Paula permanecesse. O advogado acompanhou toda a entrevista coletiva e, ao final, distribuiu um documento de um ?Comitê Contra a Perseguição e Prisão Política no Brasil?. Depois do constrangimento, a segurança na porta do palácio foi reforçada. Este não foi, porém, o único incidente do encontro dos encarregados da elaboração do plano conjunto de combate à violência. Policiais civis, que foram nomeados no ano passado e tiveram a nomeação cancelada por Rosinha, fizeram manifestação na entrada do Parque Guinle, onde fica a residência oficial da governadora. Homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM impediram que eles entrassem e chegassem até o portão do palácio. Durante toda a entrevista, ouvia-se ao fundo palavras de ordem e discursos dos policiais civis que passaram no concurso público, mas não puderam assumir os cargos. O governo do Estado alega que não há recursos para aumentar a folha de pagamento dos servidores. O ministro da Justiça disse não estar informado o suficiente sobre a situação dos policiais para fazer comentários sobre a manifestação. Veja o especial: Veja o índice de notícias sobre o Governo Lula-Os primeiros 100 dias e os ministérios

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