Frente fria provoca temporal em SP

Foram registrados 17 pontos de alagamento e 20 quedas de árvores

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Por Daniel Gonzales
Atualização:

A capital paulista voltou a conviver com cenas de alagamentos, motoristas ilhados em carros, bueiros entupidos e árvores caídas. A onda de calor registrada desde sábado passado continuou, mas à tarde choveu e ventou forte nas regiões leste e sul de São Paulo, causando 17 pontos de alagamento. Na área do Brás (centro) e no Paraíso (zona sul), chegou a chover granizo e faltou energia elétrica, o que apagou semáforos da Avenida Paulista por alguns minutos. O pico de trânsito foi às 19 horas, com 190 km de lentidão, recorde do ano. Os bombeiros registraram 20 quedas de árvores na cidade. Galeria mostra o banho de sol que acabou em chuva na Av. Paulista Na região do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, os ventos chegaram a 50 km/h, de acordo com as medições da empresa Climatempo. A ventania, apesar de ser de velocidade moderada, de acordo com o meteorologista André Madeira, causou estragos: na Rodovia Ayrton Senna, dez outdoors de lona despencaram e ficaram retorcidos. No Parque Novo Mundo, na zona norte de São Paulo, baús de caminhões viraram em uma fábrica, na Rua Desolina Choli. Em Osasco, a formação de nuvens chegou a ser confundida com um tornado por alguns moradores. Uma frente fria vinda do Sul do País foi o que, segundo Madeira, provocou o temporal. O ar frio se chocou com a massa quente sobre a cidade e acelerou a precipitação. No início da tarde, os termômetros do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registravam 34°C na região de Perus (zona norte) e as medições do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no Mirante de Santana, apontavam máxima de 32,8°C. Pouco depois, pesadas nuvens do tipo cúmulo-nimbo, escuras e pesadas, entraram pela zona sul e se dirigiram à zona leste e a Guarulhos. A chuva forte começou a cair às 15 horas e durou 55 minutos. Toda a cidade entrou em estado de atenção. Só depois da chuva a temperatura caiu, chegando a 29°C às 19 horas. Na região de Aricanduva e Vila Formosa, na zona leste, motoristas foram obrigados a se refugiar nos tetos dos veículos para escapar de quatro pontos de alagamento, dois deles intransitáveis, na Avenida Aricanduva. Apesar de o local ser servido por um sistema de piscinões, eles não foram suficientes para evitar os transtornos, que impediram até mesmo a passagem de ônibus pela via. Na Penha, um muro desabou em um terreno da Eletropaulo, sem vítimas. Na zona sul, uma das áreas mais castigadas foi o Morumbi, onde um alagamento bloqueou uma das pistas da Avenida Giovanni Gronchi.

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