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Frentistas mantêm estado de greve

Por Agencia Estado
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Os frentistas decidiram há pouco, durante assembléia, permanecer em estado de greve até a próxima segunda-feira. Eles aguardam o fechamento de um acordo de reajuste de salário dos trabalhadores, que foi marcado para a próxima semana, quando haverá uma nova reunião entre a Federação dos Empregados em Postos de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, representando 60 mil frentistas, e três sindicatos patronais (de São Paulo, Campinas e Santos). No início desta semana, os trabalhadores ameaçaram paralisar as atividades a partir desta quinta-feira, caso não obtivessem o aumento. Na tarde desta quarta-feira, os dois lados estiveram reunidos, mas o encontro terminou sem uma definição porque os sindicatos patronais divergiram em relação a alguns itens do futuro contrato. "Eles (os representantes dos sindicatos patronais) prometeram que vão assinar o documento para viabilizar o reajuste na segunda. É um compromisso moral, espero que seja cumprido", diz Vanderlei Roberto dos Santos, secretário-geral da Federação dos frentistas. De acordo com ele, ficou acertado verbalmente que o aumento dos salários seria de 7%, retroativo a 1º de março. Com o acréscimo, o piso básico da categoria ficaria em R$ 471,86 para os funcionários que trabalham no período diurno, e de R$ 589,82 para os frentistas que trabalham à noite. Inicialmente, os trabalhadores reivindicavam um reajuste de 15,66%, mas esta variação foi considerada exagerada pelo juiz do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, Argemiro Gomes, durante audiência de conciliação realizada nesta semana. O juiz propôs que o reajuste fosse de 7%, com vale-refeição no valor de R$ 6,00, mas os sindicatos patronais recusaram a sugestão. A advogada do sindicato patronal, Cláudia Cavalheiro, também confirmou o encontro para a próxima segunda-feira e disse que o acordo não foi fechado nesta quarta-feira por causa de "problemas banais". "Foram discussões sobre a redação do acordo, nada mais", afirmou.

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