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Funcionário de escola é preso sob acusação de abuso sexual

Por Agencia Estado
Atualização:

Um funcionário, de 49 anos, da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Neide Aparecida Golfetto de Castro, de Ribeirão Preto, no interior do Estado de São Paulo, foi preso temporariamente, por cinco dias, nesta quinta-feira, por ser suspeito de ter abusado sexualmente de uma menina de 4 anos. A delegada Marina Franco da Rocha, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), investiga o caso, mas não divulga o nome dele, pois nada está comprovado. A denúncia, feita pela família da garota, ocorreu na última quarta-feira. O suspeito, detido no anexo do 1º DP e afastado de suas atividades pela direção da escola, nega o crime e o exame de corpo de delito feito nele nada revelou. A Secretaria Municipal de Educação abriu sindicância para apurar o caso. A descoberta do abuso sexual ocorreu na noite de terça-feira, quando a menina teve pesadelos, e a avó, com carinho, conseguiu que ela explicasse o que estava acontecendo. Em várias versões, ela disse que o "tio da escola" (como o funcionário é conhecido pelas crianças) tinha colocado um "bichinho" nela, no banheiro da escola, impedindo-a de gritar e ameaçando matar sua mãe caso ela revelasse o ocorrido. A família levou-a para um exame clínico, e o laudo feito por uma médica do Hospital das Clínicas (HC) confirmou que a menina tinha lesões anais crônicas, provocadas por uma seqüência de abusos sexuais. A menina entrou na escola neste ano, e o fato teria ocorrido em menos de um mês. Havia três semanas que ela reclamava de dores quando se sentava, mas os familiares não deram atenção ao fato. O auxiliar de limpeza é o único homem a trabalhar na unidade de ensino, há 14 anos. Nunca houve reclamação de familiares contra ele até então. A escola tem cerca de 300 crianças. A delegada Marina diz que as versões de acusação são da avó e da mãe, baseadas nas afirmações da menina. A diretora, a inspetora e a professora da escola prestaram depoimento nesta sexta-feira e nada foi acrescentado, segundo a delegada. Ela vai convocar a médica do HC para esclarecer as informações sobre o período de "abuso crônico" mencionado no laudo. O funcionário deve ficar preso até terça-feira, se não houver prorrogação pela Justiça.

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