
02 de agosto de 2010 | 22h34
São Paulo, 2 - Trabalhadores da companhia aérea Gol marcaram uma paralisação de 24 horas para o próximo dia 13 de agosto. Os funcionários da empresa reivindicam melhores salários, plano de saúde, fim do excesso de jornada e assédio moral.
A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Selma Balbino, disse que a iniciativa dos funcionários, além de ser resultado dos problemas internos da Gol, também está relacionada à lenta fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Agência Nacional em Aviação Civil (ANAC).
"Não podemos esquecer que as multas aplicadas pelo MTE e ANAC são tão baixas, que acabam se tornando um incentivo ao desrespeito à legislação trabalhista e à regulamentação profissional", afirmou.
A companhia aérea Gol terá de dar explicações à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a razão dos atrasos e cancelamentos de voos registrados desde o final de semana.
Entre 0h e às 18 horas de hoje, 53.9% dos 622 voos da companhia sofreram atrasos. Outros 77 (12.4%) foram cancelados. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), das 1772 partidas previstas em todo o país, 454 (25.6%) tiveram atraso e 103 (5.8%) foram canceladas.
A companhia informou que alguns membros das tripulações atingiram o limite de horas de jornada de trabalho previsto na regulamentação da profissão e foram impossibilitados de seguir viagem, gerando um efeito em cadeia. A Gol também ressaltou que o fim de semana foi atípico, com retorno de férias escolares.
Atualizado às 23h08 para acréscimo de informações
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.